Vice-prefeito paga R$ 5 mil para reaver gado roubado

O vice-prefeito de Douradina ? município localizado a 50 km de Umuarama, Noroeste do Estado ?, José Carlos Pedroso, está oferecendo gratificação de R$ 5 mil para quem localizar as 25 cabeças de gado que foram roubadas de sua fazenda há cerca de um mês. Segundo o vice-prefeito, uma quadrilha estaria agindo na região.

Há cerca de quatro meses, outras cinco cabeças de outra fazenda também do vice-prefeito foram roubadas. “O bandido quem tem que prender é a polícia. Mas eu pago para quem encontrar os bois”, prometeu. A marca que os animais roubados carregam no couro é a letra F dentro da letra D.

De acordo com o vice-prefeito, dias antes do desaparecimento das cinco cabeças de gado, um lote de 43 bois foi roubado de uma fazenda vizinha a sua, pertencente a Misael Alves da Silva. Pedroso calcula que o seu prejuízo seja de R$ 17 mil, enquanto o de seu vizinho, cerca de R$ 22 mil.

“Prestei queixa na delegacia da cidade, mas é difícil que consigam encontrar os ladrões: a viatura da polícia sequer tem combustível”, lamentou. “Mas não é culpa do delegado, pois ele está fazendo o que pode.”

Pedroso acredita que os animais tenham sido levados de sua propriedade a partir do rio (da Anta) que passa nos fundos da fazenda. “Deve ser uma quadrilha que conhece bem a região”, afirmou. Pedroso tem cerca de quatrocentas cabeças de gado em uma fazenda (São Paulo) e a mesma quantidade em outra (Santa Rosa), ambas em Douradina.

Estaca zero

O agente administrativo Ademir Gimenes Gonçalves, que responde pela delegacia de Douradina, informou que o roubo de gado acontece com freqüência na região, porém no município o fato é novo. Segundo ele, foi instaurado inquérito policial mas a investigação continua “na estaca zero”. “Soubemos que um lote suspeito foi vendido a um frigorífico da região. Fomos verificar, mas não era do vice-prefeito”, comentou.

Com relação à falta de recursos da delegacia, Gonçalves admitiu que o único carro da polícia no município está em “péssimas condições”. “A situação é crítica, mas mesmo assim temos que fazer o nosso serviço”, disse.

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