Vestibular: candidatos lutam contra pressão e desespero

Quem vai prestar vestibular este ano está na reta final de preparação. O pouco tempo para as provas pode desencadear o desespero do candidato, que quer estudar mais do que consegue. A pressão para passar no concurso e a grande quantidade de conteúdo resultam em estresse. Os candidatos chegam a apresentar sintomas físicos, como insônia e dores de cabeça e estômago. Nesse momento, o vestibulando deve seguir algumas orientações para diminuir a ansiedade e o nervosismo, o que pode ajudar muito na hora da prova.

As últimas revisões da matéria, que acontecem neste período em cursinhos e escolas, são as últimas oportunidades para os candidatos. Porém, as tensões e pressões são acumuladas durante todo o ano. "Eles se concentram muito no conteúdo. Deixam a saúde e a tranqüilidade para segundo plano. O conteúdo é importante, mas ficar tranqüilo é fundamental na hora da prova", comenta a psicóloga Eloá Andreassa, da Clínica Vale do Sol, que atende e orienta os vestibulandos, em grupos ou individualmente.

Para ela, as revisões de matéria são necessárias. No entanto, o estudante não deve chegar em casa, depois das aulas, e estudar o conteúdo novamente. Eloá recomenda que, alguns dias antes da prova, o candidato procure relaxar. Isso vai permitir que se concentre no teste, sem ansiedade ou nervosismo. "Ele não vai conseguir acessar a informação se estiver nervoso", relata a psicóloga.

A orientadora educacional Gilda Barra do Amaral, que trabalha na mesma clínica, explica que o vestibulando deve dormir cedo e ter atividades de lazer, principalmente ao ar livre, como caminhadas e passeios de bicicleta. As duas especialistas acreditam que a família tem um papel importante para evitar que o estresse tome conta do candidato. Nos dias anteriores à prova, os pais devem auxiliar o estudante a fazer uma alimentação correta.

A família também não pode falar do vestibular constantemente. Além disso, os pais precisam ajudar na organização de seu filho para a prova e conhecer o itinerário até o local do teste. "Se algo der errado, como se perder no meio do caminho, todo mundo vai se estressar na hora", adverte Gilda.

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