Por decisão da Comissão de Serviço Público, nesta quarta-feira (29), a proposta de regulamentação do transporte privado de passageiros em Curitiba – que validaria serviços tipo o Uber – só avançará na Câmara de Vereadores após parecer da Urbs sobre o tema. “Antes de julgar o mérito do projeto de lei”, justificou Serginho do Posto (PSDB), relator, “é importante que o órgão da prefeitura responsável pelo transporte da cidade se manifeste”. A remessa do projeto à Urbs teve a concordância de Julieta Reis (DEM) e Dona Lourdes (PSB).
“Adotei o mesmo critério de quando nós analisamos a multa ao transporte irregular de passageiros em Curitiba”, afirmou Serginho. “Na época, tínhamos dúvidas sobre a legalidade da ação. Agora gostaríamos de saber do Executivo se eles sabem quantos veículos de transporte privado operam na cidade, quais seriam as condições decorrentes da regulamentação, quem fiscalizaria”, explicou. “Que impostos pagariam?”, completou Julieta Reis.
“Nós sabemos como são rápidos os serviços tecnológicos, que vivemos um período de transição, mas temos que considerar o interesse da população. O Executivo é responsável e precisa ser ouvido”, afirmou Julieta Reis. A reunião da Comissão de Serviço Público foi acompanhada por motoristas de táxi e do Uber. Ouvidos pela reportagem, ambos apoiaram o envio do projeto de lei à Urbs para esclarecimentos.
“O estudo técnico é fundamental para que essa situação não vire uma bola de neve, para que a população não caia em um engodo”, disse Abimael Mardegan, presidente do Sindicato dos Taxistas do Paraná (Sinditaxi-PR). Motorista do Uber, que pediu para ser identificado apenas como Thiago, concordou com a consulta à Prefeitura de Curitiba, “apesar de não se tratar de transporte público, mas de iniciativa privada”. “Não sabemos de taxista que tenha sido agredido”, comentou sobre os episódios do fim de semana.