Enquanto a queda de braço entre a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) e Coordenadoria da Região Metropolitana (Comec) para definir como vai funcionar a cobrança da Rede Integrada de Transporte (RIT) continua, a bancada de oposição na Câmara Municipal de Curitiba está cobrando explicações detalhadas sobre a planilha de custos que justifica o reajuste na tarifa.
Para isso, os vereadores que compõem a oposição protocolaram na terça-feira um requerimento solicitando a presença, na próxima quarta-feira, do presidente da Urbs, Sérgio Tocchio, na casa. O requerimento ainda terá que passar por votação em plenário, antes de ser encaminhado à Urbs.
Mas segundo o líder da oposição, vereador Pedro Paulo (PT), eles estão se esforçando para que isso aconteça. O vereador afirma que essa é a terceira vez que a oposição põe em votação o requerimento. A primeira tentativa, que foi derrubada pela bancada da situação, ocorreu no início do impasse do reajuste, no final de janeiro. “É inadmissível não podermos estar acompanhando todo o processo de definição da tarifa. Temos que entender todos os itens da planilha. É um assunto de interesse de toda a cidade”, diz.
De acordo com o vereador, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) divulgou recentemente um estudo questionando os dados apresentados pela Urbs. Outro ponto levantado por Pedro Paulo foi a análise das planilhas feita pelo vice-prefeito Beto Richa (PSDB). “Quando o Beto Richa revogou o decreto do Taniguchi (PFL) e avaliou as planilhas da Urbs, nós também solicitamos que nos encaminhasse os custos, mas não fomos atendidos. Ficamos sem saber de nada”, completa.
Apesar do apelo da oposição, Pedro Paulo afirmou que, durante conversas na Câmara, o vereador Mário Celso (PSB), da bancada de apoio, declarou que vota contra o requerimento. Do total de votantes na Câmara, nove vereadores compõem a bancada de oposição. A bancada de situação conta com 26 votantes. A votação do requerimento deve acontecer até amanhã.
Indecisão
A assessoria do Palácio iguaçu afirmou que o governador Roberto Requião, que está na Argentina, ainda não se pronunciou sobre a questão da tarifa do transporte coletivo. O presidente da Comec, Alcidino Pereira Bittencourt, afirmou que depende do posicionamento do governador para definir sobre a possibilidade de reunificação das tarifas. “Temos que aguardar a volta do governador, e isso deve ocorrer na próxima segunda-feira”, diz Alcidino. Provisoriamente, as passagens continuam R$ 1,70 para as linhas de Curitiba e R$ 1,65 para as linhas metropolitanas.
