Os vereadores de Curitiba debateram mais uma vez as possibilidades para reinserção dos cobradores no mercado de trabalho, decorrente da ampliação gradativa do uso exclusivo do cartão transporte para pagamento da tarifa e a possível perda de função. Eles destacaram que a discussão sobre o assunto precisa ser ampliada.

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O vereador Felipe Braga Côrtes (PSDB), um dos autores do substitutivo geral ao projeto que tratava da adoção do cartão nos micro-ônibus, para coibir a dupla função, destacou que os cobradores teriam estabilidade por dois anos (além do prazo de 120 dias para a lei vigorar). Neste período eles passariam por cursos gratuitos de capacitação e requalificação, para então serem absorvidos no serviço de transporte coletivo de acordo com as vagas existentes. A medida atingiria 2,7 mil cobradores em Curitiba. Os cerca de 1,2 mil profissionais que atuam nas estações tubo e terminais poderiam ser mantidos na função de fiscais. “Várias cidades brasileiras, como Campo Grande (MS) e Joinville (SC), já adotam o sistema eletrônico, que traz vantagens na ampliação da segurança, controle maior dos usuários e economia na tarifa”, afirmou ele que comparou a proposta à digitalização dos bancos. Para o coautor do projeto, Paulo Rink (PPS), se opor à tendência de ampliação do cartão transporte é “que nem ir contra a roda”. “Não temos nada contra os trabalhadores e queremos garantir sua requalificação”, disse.

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