No último mês o Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná trabalhou com cerca de 60% de sua capacidade, realizando somente procedimentos de emergência ou urgentes, devido ao atraso no repasse das parcelas de novembro e dezembro do Contrato Gestão com o Ministério da Saúde. A parcela de novembro foi paga no dia 6 e o diretor financeiro do HC, Rubens Vieira, acredita que até dez de fevereiro os R$ 1,807 milhão restantes devem estar sendo repassados pelo Ministério. Segundo a diretora de Assistência do Hospital de Clínicas, Marilise Borges Brandão, "se o dinheiro não fosse liberado a situação do hospital poderia ficar complicada".
Com parte do pagamento já efetuado, Marilise acredita que a instituição deverá voltar a operar normalmente na próxima semana. Ela diz que a equipe do HC optou em adiar os procedimentos que não eram urgentes, porque do contrário poderia faltar insumos hospitalares para os casos mais graves, que geralmente têm um alto custo de tratamento. "Os pacientes que são mandados para o hospital, já vêm referenciados como de alta gravidade", explica ela.
A decisão do HC, de acordo com Marilise, foi estratégica e não trouxe prejuízo para os pacientes. Ela diz que se isso não fosse feito, haveria risco de não se poder atender os casos emergenciais ou urgentes. O único inconveniente foi que todos os procedimentos não emergenciais, como cirurgias de hérnia ou de estrabismo, serão realizados com atraso. (Rhodrigo Deda)
