Exatamente às 3h30 desta quinta-feira (22), tem início mais um verão no Brasil. No Paraná, a tradição de ser uma estação chuvosa deve ser mantida, de acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, mas com algumas diferenças em relação ao último ano. Diferente de 2010, quando esteve sob influência do El Niño, o verão deste ano deve ser caracterizado pela presença do fenômeno La Niña.

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Desta forma, os períodos mais longos de chuva devem ser substituídos por dias mais quentes, com estiagem, como explica a meteorologista do Simepar, Vanessa D’Ávilla.

“Neste verão, vamos observar temperaturas bastante elevadas e períodos maiores sem chuvas, fazendo com que as pancadas sejam mais intensas devido ao aquecimento”, comenta.

As precipitações serão, portanto, muito próximas do conceito de “chuva de verão” – pancadas fortes mais concentradas nos finais de tarde. De acordo com Vanessa, elas também serão bastante espaçadas e menos distribuídas, podendo atingir mais intensamente algumas regiões em comparação com outras. Em relação às temperaturas, como já se observou em outros anos, as médias mais altas devem ocorrer nas regiões Oeste e Norte e no litoral.

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Cuidados

O tempo mais seco, com chuvas concentradas, exige alguns cuidados a mais durante o verão. De acordo com a médica otorrinolaringologista Rita de Cássia Cassou Guimarães, essas características são bastante propícias para crises de rinite, faringite, asma, entre outras doenças.

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“O clima mais quente já causa uma condição diferente para o nosso corpo, facilitando a desidratação, mas a qualidade do ar também fica pior para as vias respiratórias, deixando a mucosa mais seca, ideal para a manifestação dessas patologias”, explica.

Para ela, outra questão a ser considerada é o uso de ar condicionado. “Com a utilização desse aparelho, o ar fica mais seco, proporcionando uma proliferação maior de fungos e bactérias, além de uma diferença brusca de temperatura em relação ao ambiente externo. Isso também pode causar crises, assim como as chuvas concentradas, que também fazem com que haja mudanças significativas no tempo”, comenta.

Por isso, Rita recomenda a ingestão de líquidos para hidratação, limpeza do nariz com soro fisiológico prescrito pelo médico, colocação de recipientes com água para umidificar os ambientes fechados, manutenção do ar condicionado, tratamento preventivo para quem já tem tendência de manifestação de doenças respiratórias e prática de exercícios físicos.