Verão aumenta incidência de raios

Com a chegada do verão, aumenta a quantidade de chuvas fortes e conseqüentemente a incidência de raios. Eles são gerados pelo choque de partículas dentro de nuvens profundas – chamadas cumulo nimbus (cb) – formadas pelo encontro de massas de ar quente e ar frio na atmosfera.

Segundo o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), que recebe informações da rede integrada nacional de descargas elétricas atmosféricas (Rindat), entre os estados do Sul do Brasil, o Paraná é o que tem a maior incidência de raios. "As maiores ocorrências se dão nas regiões Central e Oeste do Estado e Metropolitana da capital", informa o meteorologista Leonardo Calvetti.

O Simepar faz a previsão da incidência de raios se baseando num sistema de monitoramento de previsão de tempestades. No início deste ano, o verão foi considerado atípico, com poucas chuvas nos meses de janeiro e fevereiro. Nos primeiros meses de 2005, são esperadas diversas tempestades e, conseqüentemente, uma grande quantidade de raios.

O Corpo de Bombeiros do Paraná não tem estatísticas sobre quedas de raios sobre pessoas, mas informa que os acidentes ocorrem com certa freqüência e geralmente levam as vítimas a óbito. Para se proteger dos raios, é necessário tomar alguns cuidados básicos. "As pessoas nunca devem se abrigar da chuva embaixo de árvores. Em locais abertos, como praias, o indicado é que, diante de uma tempestade com raios, a pessoa procure se deitar no chão", afirma o professor da área elétrica do Cefet-PR, Severino Cervelin.

Normalmente, as pessoas têm medo de ficar embaixo da rede elétrica diante de uma chuva forte com raios. Porém, Severino explica que é justamente embaixo da rede que as pessoas podem encontrar maior proteção, pois os postes que a compõem estão aterrados. Outra dica do Corpo de Bombeiros é buscar abrigo dentro de carros, pois os pneus fazem o isolamento com a terra.

Quanto à utilização de pára-raios em prédios, deve-se levar em conta a altura do mesmo em relação à largura da edificação. Quanto mais largo o prédio, maior deve ser a altura do pára-raios utilizado. "O pára-raios forma um cone de proteção, só protegendo o que está dentro dele. Não basta apenas colocar um pára-raios em cima do prédio e achar que ele está protegido. Deve-se seguir as orientações presentes na Lei NBR-5419 (de proteção de estruturas contra descargas atmosféricas), levando-se em conta a largura da edificação a que se deseja proteger", explica.

Também de acordo com o Corpo de Bombeiros, devem ser realizadas revisões periódicas nos pára-raios, pois muitas vezes eles estão presentes, mas não em funcionamento.

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