A primavera começa amanhã, exatamente às 12h44. E a estação das flores, este ano, não deverá trazer mudanças atípicas no clima, ao menos na previsão do Instituto Tecnológico Simepar. Dessa forma, a expectativa é que o clima, no final de setembro e durante o mês de outubro, continue mais parecido com o inverno, enquanto em novembro e dezembro já devem começar a aparecer os sinais do verão.
“Naturalmente, as temperaturas já ficam mais altas em comparação com o inverno”, diz o meteorologista Samuel Braun, do Simepar. “E como este ano não há fenômenos em grandes escalas no Oceano Pacífico, como a La Niña ou o El Niño, esperamos que as condições fiquem bem perto da normalidade climática da estação”, continua. Para ele, até outubro ainda há condições propícias para a entrada de massas de ar mais frio, e a partir de novembro já é esperado um calor mais abafado, com riscos de chuvas características do verão, sempre no final das tardes.
A data de início da primavera pode variar de ano para ano. A definição depende, segundo Braun, de cálculos astronômicos, que determinam a hora exata do equinócio, que é o momento em que o Sol cruza o equador celeste, que é a linha do equador terrestre projetada no céu. No equinócio, que também marca o início do outono, o dia e a noite possuem a mesma duração.
Horário de verão
Apesar do nome, o horário de verão costuma iniciar durante a primavera. Este ano, os relógios deverão ser adiantados em uma hora a partir da meia-noite do dia 19 de outubro. O horário ficará em vigor até a zero hora do dia 15 de fevereiro de 2009, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Quem define a data de início do horário de verão é o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), ligado ao Ministério de Minas e Energia.
Este ano, o ministério prevê uma redução entre 4% e 5% na demanda de energia elétrica no horário de pico. Isso equivale a cerca de 2 mil megawatts. Na região Sul, a estimativa de redução é de 528 MW, o suficiente para abastecer uma cidade de 1,5 milhão de habitantes. Já no Sudeste e Centro-Oeste, a redução na demanda deve ser maior, chegando a 1.790 MW, energia equivalente ao consumo de uma cidade com 5 milhões de habitantes.