Vazamento de gás em residencial de São José dos Pinhais

Um vazamento de gás está colocando em risco a segurança de mais de 350 pessoas que moram no Conjunto Residencial São José II, em São José dos Pinhais. Erros na instalação das tubulações de gás teriam causado o problema e os moradores temem, até mesmo, uma possível explosão.

Inaugurada há quase cinco anos, a obra, de responsabilidade da Caixa Econômica Federal, teria tubulação de gás feita de ferro, quando o correto seria utilizar tubos de cobre. Com o tempo e a ausência de cobertura dos tubos, iniciou-se um processo de corrosão até que, no último mês, os moradores sentiam cheiro de gás por todo o prédio. ?Estava saindo gás pelo ralo do banheiro?, revelou um dos moradores do São José II, Hélio Micheleto.

A situação de risco fez com que, no último dia 23, técnicos contratados pela Liquigás, empresa responsável pelo abastecimento de gás do condomínio, desligassem a rede de gás do residencial e, para não deixar os residentes desabastecidos, foi feita uma instalação provisória com um grande botijão para cada um dos seis blocos do condomínio.

No entanto, uma vistoria do Corpo de Bombeiros, realizada ontem, interditou também a instalação provisória, por não atender às mínimas exigências técnicas e por oferecer risco aos moradores, determinando a retirada de tais botijões. Assim, as 96 famílias que residem no local estão sem água quente e sem poder cozinhar. ?Estamos transtornados, desamparados, vivemos nesse impasse há mais de um mês. Pedimos garantia de segurança à empresa, mas ninguém se comprometeu?, reclamou Rosane Aparecida Fullan, que também mora no condomínio.

Reunidos em assembléia na noite de ontem, os moradores decidiram enviar uma minuta denunciando a situação ao Ministério Público e cobrar os gastos com alimentação da administração do condomínio, além de exigir a remoção imediata de todos os moradores para que as reformas sejam feitas. ?Os meus filhos, eu vou tirar de lá amanhã (hoje) mesmo?, disse Sérgio Ribeiro, proprietário de um imóvel no condomínio.

A Imobiliária X, que representa a Caixa Econômica na administração do condomínio, comunicou que as medidas paliativas para o problema já estão sendo tomadas e que não há necessidade de remover os moradores. A imobiliária prometeu para hoje um laudo técnico garantindo não haver risco aos moradores. ?Com risco, ou sem risco, seguimos sem gás?, rebateu Rosane.

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