A maioria dos telefones públicos do conjunto Jardim Acrópole, no bairro do Cajuru, zona leste de Curitiba, foi destruída na madrugada de ontem. Os moradores denunciam que uma gangue formada por dez rapazes seria a responsável pelo vandalismo. Esse tipo de problema é comum na região.
Só na Rua João Tobias de Paiva Neto mais da metade dos vinte orelhões foram danificados. Os vândalos arrancaram os monofones e, em alguns casos, a própria estrutura de concreto que dá a sustentação para o aparelho que fica fixada na calçada. O comerciante Mauro Marcolino, que teve um aparelho arrancado em frente ao seu estabelecimento, comenta que esse tipo de situação é comum no bairro. “Toda a semana os moradores do bairro sofrem com o vandalismo, e ninguém fica tranqüilo”, disse.
O reparador em manutenção Maurício Giovani Scherrth ? que estava fazendo os reparos nos telefones destruídos ontem no Cajuru ? confirmou que o vandalismo na região é constante. Ele comenta que além dos aparelhos, as centrais telefônicas também são alvo desses elementos, o que acarreta em problemas para a população. “Muitas vezes a comunidade toda fica sem telefone devido a esses estragos”, disse. O reparador comentou ainda que na maioria das vezes nem não são levadas peças dos aparelhos, o que poderia evidenciar depredação para revenda. “Eles fazem por puro vandalismo”, disse.
Estatísticas
A Brasil Telecom informou, por intermédio da sua assessoria de comunicação que a empresa possui instalados no Estado 66.321 telefones de uso público ? 50% deles estão em Curitiba e Região Metropolitana. Só no mês passado, segundo a empresa, foram feitas 4.209 solicitações de reparo, cerca de 30% decorrentes de atos de vandalismo. Os itens leitora de cartões, monofone e teclados correspondem por aproximadamente 90% dos casos. O conserto do equipamento custa em média R$ 80,00, e dependendo do estrago, o aparelho precisa ser retirado do local para a manutenção. A empresa informou ainda que os telefones do Jardim Acrópole deveriam estar consertados até o fim do dia.