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Vandalismo se torna rotina em escola na Cidade Industrial

O fim de semana não fugiu à rotina na Escola Municipal Cândido Portinari, na Vila Sabará, Cidade Industrial de Curitiba. Como em todo domingo, ela permaneceu aberta à comunidade até as 17h, para atividades esportivas e culturais. Quando os portões foram fechados, ficou livre pra atuação de ladrões e vândalos, que picharam paredes, estouraram extintores de incêndio e roubaram quatro aparelhos de tevê.

O estrago só foi verificado na manhã de ontem. O pó químico branco espalhado pelos corredores, as marcas de tinta nas paredes e as portas das salas de aula arrombadas eram o sinal de uma visita indesejada, mas frequente. “Quando minha secretária abriu a escola, estava lá o presente”, conta a diretora Jucely Woinarovicz. A cena é inesperada, mas não causa mais surpresa. “No domingo passado também entraram, esvaziaram os extintores e picharam tudo, mas não levaram nada. Desta vez, foram direto nas salas que tinham tevê. Não posso afirmar que foram alunos, mas eles estavam muito bem informados”, revela.

Na área externa, é difícil encontrar uma parede ou muro sem pichação. Mas dentro do prédio, tudo já estava limpo na tarde de ontem. “Não podemos deixar, se não os ratos sobem na mesa. Uma vez deixaram um recado: ‘Eu picho, você pinta. Vamos ver quem tem mais tinta’”, diz Jucely.

As tevês LCD roubadas na última invasão haviam sido um prêmio pra escola. “Foram adquiridas no ano passado, quando a escola superou a meta do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e recebeu uma verba extra”, afirma a diretora. Como a escola tem seguro, não ficará com o prejuízo das tevês roubadas. “O problema não é tanto a questão material, mas a invasão e o desrespeito a um bem que é da comunidade”, avalia.

Segundo Jucely, as invasões se tornaram frequentes a partir de 2010, quando a escola deixou de ter vigilância 24 horas da Guarda Municipal. Hoje a segurança é feita por empresa particular, que não fica no local durante a noite. “Não sei o motivo, pois não deram explicação. Quando havia a guarda 24 horas isso não acontecia. Estou aqui há 12 anos e a situação nunca foi tão ruim”.

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