Já virou costume. Dia de clássico entre Coritiba e Atlético significa também problemas para o transporte coletivo da capital. Os três Atletibas realizados este ano são prova disso. Foi um total, nos dias dos três clássicos, de 55 ônibus depredados, a maioria nos dois últimos domingos, durante as finais do campeonato paranaense em dias de outros jogos, foram apenas sete ônibus danificados. Só anteontem, principalmente depois do jogo, 29 veículos foram atingidos por atos de vandalismo. Segundo a Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), 240 ônibus já foram depredados este ano.
No penúltimo clássico o primeiro da final o total de ônibus danificados por torcedores foi de 19. Já no primeiro Atletiba do ano, realizado no dia 20 de janeiro, foram sete veículos depredados. Nos clássicos em que o Paraná Clube jogou contra Atlético ou Coritiba a Urbs não contabilizou danos em ônibus, relacionados aos jogos. De acordo com a Urbs, os números só são relacionados a jogos de futebol caso ocorram danos em dois ou mais ônibus no dia dos jogos.
Neste ano, houve problemas em mais duas datas. Uma delas, segundo a Urbs, foi no dia 27 de fevereiro, quando jogaram Coritiba e Tuna Luso, pela Copa do Brasil. Três ônibus foram depredados naquela noite. Outra data em que ocorreram problemas foi o dia 6 de abril, quando não houve clássico, mas quatro jogos foram realizados simultaneamente na capital. Na ocasião, foram danificados quatro ônibus.
Nos clássicos, grandes efetivos de policiamento costumam ser mobilizados. No último domingo, por exemplo, foram cerca de 500 policiais militares e 150 guardas municipais trabalhando diretamente no jogo, no entorno do Estádio Joaquim Américo ou em alguns pontos da cidade, como terminais e estações-tubo. ?Procuramos nos focar principalmente na integridade física das pessoas e, em segundo lugar, proteger o patrimônio público?, disse o diretor da Guarda Municipal de Curitiba, Carlos Celso dos Santos.
Mesmo assim, os danos materiais acabaram acontecendo. Só anteontem, a Urbs contabilizou 54 vidros quebrados, e duas janelas e dois alçapões de teto arrancados, entre outros prejuízos. Estima-se que o custo dos consertos seja de cerca de R$ 5 mil.
A linha que teve mais ônibus danificados foi a Santa Cândida Capão Raso. Seis veículos da linha foram atacados, nas Avenidas João Gualberto e Paraná, onde mais um ônibus, de outra linha, foi depredado. Nas Avenidas Iguaçu e Getúlio Vargas, próximas ao Estádio Joaquim Américo, foram também seis ocorrências.
