Destruição

Vandalismo impede aula em creche no Parolin

Os pais de cento e onze crianças que são atendidas na creche comunitária Nazareno Cenaza, em uma região bastante carente do Parolin, precisaram levar os filhos de volta para casa nesta quarta-feira (9). As crianças não puderam permanecer na escola porque as salas estavam repletas de cacos de vidros deixados pelos vândalos que quebraram todas as janelas do prédio.

As pedras enormes foram atiradas com tanta violência que chegaram a rasgas os blackouts e cortinas que protegiam o espaço do sol. A cerca elétrica que fica no muro da escola também foi completamente arrebentada. Foi preciso limpar as pressas uma sala para acolher cerca de 20 crianças que os pais não tinham como deixar em outro local.

“Tivemos que mandá-las para casa por segurança. Um caquinho que fique pode cortar uma criança”, explicou a diretora. Na creche, as crianças que moram nas áreas próximas permanecem entre 7h30 e 17h30 e fazem cinco refeições.

De acordo com a diretora da creche, Eli dos Santos, o ataque dos vândalos à escola é frequente. Segundo ela, não é raro chegar ao local depois de feriados e finais de semana e encontrar vidros quebrados e fezes espalhadas por todo o local.

Os roubos também são bastante comuns. A diretora conta que já chegaram a levar da escola até uma panela com carne cozida que seria servida na merenda.

A diretora conta que, entre todos os roubos, uma situação trouxe enorme indignação. Na véspera do Dia das Crianças do ano passado, a creche havia programado um dia do cinema para os pequenos. Com dificuldade, pais e professores compraram saquinhos para a pipoca e preparam a festa para as crianças.

No dia seguinte, quando ela chegou à escola, bandidos haviam roubado o DVD. “Naquele dia eu me desesperei. As crianças estavam esperando, todas comentando sobre o dia do cinema”, conta ela. A festa só aconteceu graças à solidariedade de um policial que foi atender a ocorrência e, com dinheiro próprio, comprou em um mercado próximo um DVD e doou para a escola.

Vandalismo

O vandalismo também impede que o dinheiro seja utilizado em benfeitorias na creche. A diretora calcula que os prejuízos com a quebra dos vidros vão ultrapassar R$ 2 mil. Apesar de ter um convênio com a Prefeitura Municipal, o dinheiro repassado pelo poder público é destinado apenas ao pagamento dos funcionários, encargos sociais, luz e água.

A merenda dos estudantes e todas as obras e equipamentos são adquiridos pela comunidade ou fruto de doações. “Agora eu é que vou ter que me virar para conseguir o dinheiro e repor os vidros quebrados, dependendo de doações. Eu fico pensando cadê a cultura desse pessoal, muitos deles já podem ter estudado aqui”, desabafou.

Veja a galeria de fotos da destruição.

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