O riacho que acompanha a Rua Waldemar Loureiro Campos, no Boqueirão, por mais de um quilômetro é motivo de reclamação unânime entre os moradores da região. O povo pede que o “valetão”, como é chamado o rio, seja canalizado.

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A costureira Mariuze de Paula, 58, lembra que há 40 anos era possível brincar no rio. Ela conta que antigamente ele era mais estreito e limpo, diferente do cenário que os moradores encontram atualmente, onde o lixo toma conta do local. Em muitos casos o lixo é jogado pela própria população, que também faz do rio um cemitério de animais. “Como incomoda! Tem o mau cheiro e os bichos, ratos e baratas”, lamenta.

A casa de Mariuze fica em um lado da rua onde não há calçadas e o acesso é feito por uma passarela. Sua filha, a assistente administrativo Cristina de Paula, 35, conta que a proximidade com o rio complica ainda mais nos dias de chuva. “No temporal que teve no domingo de Páscoa a água veio com uma força que arrebentou todos os canos. Todo mundo ficou sem água”, lembra.

Adultos, crianças e até carros já caíram no córrego. “Um motorista já morreu quando caiu com o carro aqui e além disso o cheiro é insuportável. Penso duas vezes em passar por aqui porque me embrulha o estômago”, diz a vendedora Neila Maria Campanhole, que mora em uma rua transversal.

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A Secretaria Municipal do Meio Ambiente pede à população que não descarte lixo doméstico em locais inadequados, como no rio. Denúncias podem ser feitas ao 156. Segundo a pasta, o córrego passa por manutenção periódica para remoção do lixo e uma nova limpeza está prevista para os próximos dias.

Marco Andre Lima
Neila: passar por aqui me embrulha o estômago.