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Vai viajar no Carnaval? Saiba quanto tempo você pode ficar na estrada!

Foto: Arquivo.

Quem vai passar o carnaval na praia pode se preparar para passar um tempo extra na estrada antes de chegar ao seu destino. Por causa do trânsito, a festa terá de ser adiada, afinal, ao longo das rodovias que ligam Curitiba aos litoral do Paraná e de Santa Catarina, a previsão é de tráfego intenso durante todo o feriado. Em alguns casos, a viagem pode demorar até duas vezes mais em comparação com dias normais.

De acordo com a Ecovia, responsável pela BR-277, quem sair da capital nos horários de pico com destino a Matinhos e Caiobá pode levar entre duas e três horas para chegar ao seu destino. Em outras épocas mais tranquilas do ano, esse motorista levaria pouco mais de uma hora — ou seja, metade do tempo do previsto para o carnaval. A estimativa não leva em conta acidentes e bloqueio de pista.

A expectativa, segundo a concessionária, é de que 40 mil veículos sigam em direção às praias do Paraná somente no sábado (25), considerado o dia de maior movimento. Esse número é três vezes maior do que o tráfego comum da rodovia. O horário de pico deve ser entre as 10 e as 11h, com volume médio de 2,5 mil automóveis saindo de Curitiba por hora.

Sair na sexta-feira pode ajudar, mas não o suficiente para fazer com que o folião fuja de pontos de lentidão. O alto movimento rumo às praias paranaenses começa já no dia 24, tendo seu pico às 19h. A concessionária estima que, durante o primeiro dia de folia, sejam 30 mil automóveis descendo a serra. No domingo, esse número deve ser um pouco menor: são esperados “apenas” 15 mil carros na BR-277.

Santa Catarina

Para quem vai pegar a estrada rumo ao litoral catarinense, a expectativa também é de tráfego alto. A expectativa da Autopista Litoral Sul é que a BR-376, BR-116/Contorno Leste e BR-101/SC tenham um aumento de 60% de tráfego nos horários de pico em relação a dias normais. E isso deve complicar bastante o trânsito.

De acordo com o agente Carvalho, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma viagem de Curitiba a Balneário Camboriú também pode levar o dobro do tempo. A viagem que normalmente leva 3 horas pode chegar a 6 no momento de maior movimento. “Com sorte, o motorista consegue chegar em 4 horas”, afirma o agente.

No entanto, ele destaca que essa estimativa não é precisa, já que é impossível prever acidentes ou mesmo chuva, o que pode prolongar a espera. “Não são raros os casos em que motoristas levaram mais de 10 horas para ir de Curitiba a Florianópolis em feriados prolongados por causa de interrupções na rodovia. A viagem normalmente leva metade desse tempo.

Carvalho lembra ainda que alguns pontos das BRs 376 e 101 são quase certos de apresentarem pontos de lentidão e fila. A entrada para Garuva é uma delas, já que muitos foliões acessam a marginal para entrar na cidade, bloqueando uma das pistas da rodovia. Outro trecho bastante complicado é a estrada que passa pela capital catarinense. Segundo o agente, a entrada de Florianópolis é extremamente engarrafada e essa situação deve ser ainda pior no carnaval.

Cuidados na descida

Diante dessas previsões pessimistas, a recomendação de ambas as concessionárias e também da PRF é uma só: para que os motoristas evitem sair nos horários de pico.

O gerente de atendimento da Ecovia, Raul Boff, destaca que programar a viagem é a melhor solução para evitar ficar parado na rodovia. Assim, a solução é ficar de olho em canais oficiais de comunicação e na Gazeta do Povo para saber a condição da estrada e evitar sair nos horários de pico.

Outra recomendação é verificar as condições de seu automóvel antes de pegar a estrada para evitar problemas mecânicos. Somente no último mês de janeiro, mais de mil automóveis tiveram de ser removidos da rodovia após pane mecânica. O número representa um crescimento de 20% em relação ao mesmo período de 2016. “Quando um automóvel para sobre a rodovia, ele pode causar inúmeros problemas, desde retenções até a exposição de motorista e passageiros aos riscos da rodovia, principalmente no trecho da serra, que possui curvas sinuosas”, explica Boff.

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