Foi realizada ontem a segunda etapa nacional de vacinação contra a paralisia infantil. A meta era atingir 16,8 milhões de crianças menores de cinco anos no País ? em Curitiba, 133 mil. O objetivo é impedir o retorno da doença, erradicada no Brasil desde 1989. Jovens com até 20 anos também receberam doses contra a hepatite B. Mas além das vacinas, as crianças foram pesadas para saber como anda a alimentação que elas recebem.
Adriane de Cansio do Amaral, de 28 anos, foi logo cedo até um posto de saúde vacinar seus dois filhos menores. “Além de evitar que eles fiquem doentes, evito comprar remédios”, explica. Joanita Nunes da Maia, 28, também foi pela manhã ao posto, tinha que trabalhar depois. Mesmo com o filho de dois anos chorando muito, ela não arredou o pé. “É para a saúde dele”, argumenta.
A chefe da unidade de saúde no Pilarzinho, Elaine Gracia de Quadros Nascimento, conta que quase todas as mães comparecem no dia da vacinação, já que têm consciência da importância da proteção. Outras vacinas também têm se mantido em dia e o trabalho de agentes comunitários é o grande aliado. “São poucas as mães que não vem. A desculpa é que a vizinha falou que quem está com gripe não pode ou ainda elas têm dó. Mas as agentes têm conseguido convencê-las”, comenta Elaine.
Depois das vacinas, é hora de pesagem. Todas as unidades tinham uma cota para cumprir. Os dados vão ser juntados aos de outras cidades e Estados e, a partir disto, será traçado um panorama da alimentação infantil no País. A idéia do Ministério da Saúde é criar programas de combate à desnutrição.
Os jovens menores de 20 anos também tiveram seu dia de vacinação. A Secretaria Estadual de Saúde quer erradicar a hepatite B no Estado. Uma das formas de transmissão da doença é pela relação sexual. Para ficar imune, são necessários três doses. Quem não se vacinou ontem pode procurar, durante a semana, postos de saúde.