A segunda fase da vacinação contra gripe A (H1N1) começou ontem nos quase dois mil postos de saúde espalhados pelos 399 municípios do Estado. Dessa vez, o público-alvo são gestantes, doentes crônicos e crianças maiores de seis meses e menores de dois anos.
O aumento no movimento nos postos de saúde ontem já era verificado pelos atendentes. A expectativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) é de que sejam imunizadas cerca de 1,1 milhão de pessoas nos doze dias de vacinação.
A meta do governo estadual é imunizar 80% de todos os grupos. Já a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba pretende, nessa etapa, vacinar 192 mil pessoas na capital.
Ao todo, a campanha nacional deve vacinar 92 milhões de pessoas contra a doença antes do inverno. Durante a primeira fase da vacinação, o Paraná imunizou 78% dos profissionais de saúde e 75% dos indígenas do Estado resultado que se aproxima dos 80% definidos pelo Governo Federal.
De acordo com o último boletim epidemiológico da Sesa, divulgado no dia 15 de março, o Paraná registrou 459 casos confirmados no Estado em 2010. Sete morreram. Outros 419 casos foram considerados negativos para o vírus H1N1.
Segundo a Sesa, as pessoas que fazem parte do público-alvo nessa segunda fase da vacinação devem procurar uma unidade de saúde mais próxima de suas residências, portando um documento de identificação com foto e a carteira de vacinação.
Segundo o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde da prefeitura de Curitiba, Moacir Gerolomo, os públicos respectivos de cada fase da vacinação foram definidos conforme o grau de risco de cada faixa etária.
No caso das crianças com idade superior a seis meses e inferior a dois anos, Gerolomo ressalta que a dose é dividida em duas, sendo a segunda parte aplicada 30 dias após a primeira vacina.
Gerolomo afirma que é importante acalmar as pessoas quanto a eficácia da vacina. “Isso foi testado nos Estados Unidos e na Europa. Não se tem notícia de que houve efeitos colaterais. As pessoas não precisam dar atenção para essas boatarias fantasiosas que circulam nos e-mails”, diz.
A dona de casa Valdinéia Silveira levou o filho de um ano e onze meses para vacinar assim que soube da nova fase da campanha. Segundo ela, a vacina vai tranqüilizá-la, já que as notícias sobre possíveis novos surtos da doença não param de circular. “Meu filho tem contato com outras crianças na creche. Não dá para descuidar”, diz.