Todos os anos, cresce o número de pessoas que estão se imunizando contra a gripe. Se por um lado essa ação reduz a incidência de doentes, por outro lado reflete na queda de doações de sangue. Isso porque quem foi vacinado contra a gripe fica impedido de doar por quatro semanas. A situação já preocupa os bancos de sangue.

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O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) coleta em média, entre doações espontâneas e externas, 150 bolsas de sangue por dia. Atualmente, esse número caiu para 50 bolsas. Outro agravante é que cerca de 10% desse material acabam não sendo utilizados por o doador não estar apto. O Hemepar atende perto de quarenta hospitais de Curitiba e região metropolitana.

A mesma situação tem sido registrada no Biobanco, o banco de sangue do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A média diária de doações, que era de 60 bolsas, caiu pela metade. Porém, a demanda por transfusões continua a mesma, cerca de 40 por dia.

O chefe do serviço de Hemoterapia do hospital, Giorgio Roberto Baldanzi, afirma que a queda expressiva nas coletas ocorreu nas doações externas. ?Boa parte do nosso estoque vem das coletas externas, principalmente feitas em empresas. O que percebemos é que cada vez mais as empresas estão incentivando os empregados a tomarem a vacina contra a gripe e com isso cai o número de doadores?, explicou Baldanzi.

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O impedimento temporário para a doação de sangue ocorre porque a vacina contra a gripe é produzida à base de um vírus atenuado. Se algum paciente que estiver com o organismo debilitado receber esse sangue em uma transfusão, pode sofrer alguma reação adversa. Para tentar reverter essa situação, os bancos de sangue esperam contar com a colaboração da população.

Serviço:

O Hemepar fica na Travessa João Prosdócimo, 145, no Alto da XV, e o telefone para informações é o 0800-6454555. O Biobanco fica na Rua Agostinho Leão Júnior, 108, no Centro, e o telefone é (41) 3360-1875. 

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