Ao contrário do que muita gente pensa, as vacinas não são uma forma de prevenção indicada apenas para as crianças. Muitas delas, presentes na rotina de vacinação dos menores, também devem ser repetidas na fase adulta. Essa é uma forma de manter a proteção do organismo contra doenças, bem como ajudar a comunidade como um todo, pois a imunidade em grupo é válida para alguns tipos de patologias que se propagam através de vírus e outros microorganismos.
?A vacinação não protege apenas aqueles que recebem a vacina, mas podem ajudar a comunidade, pois as pessoas ficam protegidas?, afirma a médica chefe da Divisão de Doenças Inumopreveníveis, da Secretaria de Saúde do Paraná, Mirian Marques Woiski. Um exemplo positivo da eficácia das vacinas é a erradicação, em todo o mundo, da varíola. Já no Brasil, a poliomielite (paralisia infantil), náo tem registro de casos da doença desde 1989, e no Paraná desde 1986 – no entanto, ainda existem casos de poliomielite em outros lugares do mundo, como Índia, Afeganistão e Gana.
A médica destaca que por isso a população precisa estar atenta à imunização, pois com a migração de pessoas de diversos países para o Brasil, muitas doenças controladas por aqui podem voltar a ocorrer. A mesmo orientação é válida para o trânsito entre os estados brasileiros. ?Por isso que ainda é muito importante que todas as crianças sejam vacinadas contra a doença, bem como a população participe de campanhas?, falou.
Rotina
A vacina estimula o corpo a se defender contra os organismos (vírus e bactérias) que provocam doenças. As primeiras vacinas foram descobertas há mais de duzentos anos. Atualmente, técnicas modernas são utilizadas para preparar as vacinas em laboratórios. As vacinas podem ser produzidas a partir de organismos enfraquecidos, mortos ou alguns de seus derivados. Quando a pessoa é vacinada, seu corpo detecta a substância da vacina e produz a defesa, os anticorpos. Esses anticorpos permanecem no organismo e evitam que a doença ocorra no futuro, tornando o indivíduo imunizado.
Após os dez anos de idade, o calendário de vacinas começa a ficar mais espaçado. É nessa idade que se deve tomar uma segunda dose da vacina contra a febre amarela, que deverá ser repetida a cada 10 anos. A mesma orientação é válida para as vacinas contra difteria e tétano.
Os idosos precisam se proteger contra gripe, pneumonia e tétano, e as mulheres em idade fértil devem tomar vacinas contra rubéola e tétano, que, se ocorrerem enquanto elas estiverem grávidas (rubéola) ou logo após o parto (tétano), podem causar doenças graves ou até a morte de seus bebês. Todas as vacinas, do recém-nascido até o idoso, são disponibilizadas gratuitamente para a população.
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