A Secretaria Municipal da Saúde ressalta a importância da aplicação da segunda dose da vacina contra o HPV em meninas com idade entre 11 anos e 14 anos incompletos. Em março, quando a primeira dose começou a ser aplicada, as 109 unidades de saúde de Curitiba vacinaram 31.502 adolescentes, atingindo 85,4% da meta estipulada pelo Ministério da Saúde. Até o fim da semana passada, apenas 10.302 meninas voltaram às unidades de saúde para receber a segunda dose da vacina.
A vacina protege contra o papilomavírus humano (HPV), que é responsável por 70% dos casos de câncer de colo de útero no mundo. A doença é a terceira principal causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil.
De acordo com a diretora de epidemiologia da secretaria, Juliane Oliveira, é fundamental que os responsáveis e as próprias meninas se conscientizem da importância de fazer a segunda dose. “A vacina passou a fazer parte do calendário vacinal e é ofertada durante o ano todo, mas é fundamental que as meninas desta faixa etária e seus responsáveis fiquem atentos ao prazo da segunda dose e também da terceira, que será realizada daqui a cinco anos”, diz.
Proteção
A vacina contra o HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização. Mas é importante ressaltar que a vacina não substitui os outros meios de prevenção, como o uso da camisinha e exames ginecológicos.
“É importante que, ao iniciarem a vida sexual, as meninas tenham em mente que esta é apenas mais uma maneira de se prevenir, mas que as outras não podem ser jamais deixadas de lado”, frisa Juliane.
Em 2015, de acordo com o calendário desenvolvido pelo Ministério da Saúde, a vacina passa a ser oferecida para meninas com idade entre 9 e 11 anos.