Curitiba conseguiu alcançar a meta da campanha de vacinação entre dois dos grupos vulneráveis às complicações da gripe: os idosos (85%) e as mulheres que tiveram filhos há menos de 45 dias (108%). O objetivo do Ministério da Saúde é vacinar pelo menos 80% dos públicos-alvo e para atingir esta meta em todo o Brasil, o Ministério prorrogou o período da campanha de vacinação.

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No balanço geral, mais de 323 mil pessoas foram imunizadas na capital paranaense, incluindo ainda gestantes, crianças com idade entre seis meses e 5 anos incompletos, portadores de doenças crônicas, profissionais de saúde, indígenas e pessoas privadas de liberdade.

Entre os grupos em que é possível fazer a estimativa da meta – gestantes, puérperas, idosos e crianças –, 77,6% das pessoas foram vacinadas. Entretanto, ao analisar os grupos separadamente, gestantes (57,9%) e crianças (65,8%) ainda não chegaram ao mínimo exigido pelo Ministério da Saúde. “As grávidas e as crianças precisam fortalecer o sistema imunológico para evitar as complicações causadas pelo vírus da gripe. E isso só é possível coma combinação da vacina e de hábitos saudáveis, como a higienização e assepsia das mãos e a ventilação dos ambientes, mesmo nos dias mais frios do ano”, enfatizou o secretário municipal da Saúde, Adriano Massuda.

Massuda destacou os bons índices obtidos em Curitiba, mas ressaltou a importância de que as pessoas que fazem parte dos grupos vulneráveis tomem a vacina o quanto antes. “Com a aproximação do inverno e das temperaturas mais baixas, a tendência é aumentarem as ocorrências por causa dos problemas respiratórios. Quanto maior o público vacinado, menor o risco de complicações”, afirmou.

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Todas as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários devem se dirigir às 109 unidades de saúde de Curitiba. As pessoas com doenças crônicas devem apresentar também prescrição médica no ato da vacinação. Aqueles pacientes que já fazem parte de programas de controle das doenças crônicas do SUS, devemir às unidades em que estão cadastrados para receber a vacina.

Portadores de doenças respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas, neurológicas, diabéticos, hipertensos, obesos, pessoas que foram submetidas a transplantes e portadores de algum tipo de síndrome também devem tomar a vacina, devido às fragilidades do organismo em reagir às complicações mais graves da gripe. Apesar de não ser um público quantificado, a Secretaria Municipal da Saúde toma como base o número de doses aplicadas em campanhas anteriores. “A vacina demora cerca de 15 dias para fazer efeito e no período de frio aumentam as chances de contágio da doença. Quanto antes essas pessoas tomarem a vacina, menores os riscos”, comentou.

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A vacina contra gripe é segura e evita o agravamento da doença, internações e, até mesmo, óbitos por influenza. Estudos demonstram que a imunização pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

É importante lembrar que mesmo pessoas vacinadas devem procurar imediatamente atendimento médico ao apresentarem os sintomas da gripe, especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações da doença. A medida tem como objetivo possibilitar ao médico avaliar a necessidade de prescrever os antivirais específicos para a gripe, disponíveis de forma gratuita nas unidades da rede pública.

Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastro-intestinais,, dor muscular intensa e prostração.