H1N1

Vacina contra a gripe A some das clínicas particulares

Em quase todas as clínicas particulares de Curitiba, a vacina contra a Influenza A (H1N1) acabou antes do previsto. Nos postos de saúde termina hoje a campanha de vacinação dos idosos contra a gripe sazonal e a vacinação contra a gripe A (gratuita) para os portadores de doenças crônicas.

Até o final de novembro do ano passado, 27.850 casos de H1N1 foram confirmados no Brasil. A maior porcentagem dos casos foi no mês de agosto, quando o inverno atingia o seu auge.

Alceu Fontana Pacheco Júnior, presidente da Sociedade Paranaense de Infectologia, alerta que a preocupação com a doença deve ser maior agora, que estamos próximos do inverno.

“No frio as vias aéreas ficam mais propensas a sofrer com doenças, sem contar que as pessoas ficam mais próximas, em ambientes mais fechados, o que também auxilia na propagação de qualquer vírus”, explica.

Mesmo seguindo as orientações do Ministério da Saúde ao lavar as mãos, utilizar álcool em gel, evitar aglomerações e ventilar os ambientes, para o presidente a forma mais segura de evitar a gripe é a vacina.

“Os melhores hábitos de higiene e de saúde podem prevenir também outras doenças, mas a vacina é um recurso totalmente seguro e eficaz. É a melhor arma contra a gripe”, garante. A pessoa só estará seguramente imunizada após 15 dias da injeção da vacina.

Clínicas

A procura pela vacina em clínicas particulares foi tão alta que as doses praticamente acabaram. A prevenção paga é a única alternativa para as pessoas que estão fora do grupo de risco da gripe pandêmica.

O laboratório Frischmann Aisengart/DASA comprou três lotes de vacina totalizando 12,5 mil doses que foram aplicadas entre 14 de abril e 3 de maio. Se o usuário for hoje até o laboratório, não encontrará vacina disponível. O diretor da Regional Sul da DASA, Milton Zymberg, garante que já está em fase de negociação com os fabricantes.

Um levantamento feito pela empresa apontou que 25,6% das pessoas que se vacinaram no laboratório tinham até nove anos, 55,24% entre dez e 59 anos (sendo 57,07% as pessoas que não tem direito à vacina do Governo Federal) e 19,10% acima de 60 anos.

Na clínica Cevacine, as vacinas estão no fim. Das três mil doses recebidas em 15 de Abril, 95% já foram aplicadas. A próxima remessa deve chegar de fora do País na segunda quinzena de maio. Para as pessoas que ficaram de fora da vacinação do governo, o médico Alceu Fontana indica a vacina particular.

Campanha

784 mil pessoas foram vacinadas na rede pública de saúde de Curitiba até o início da manhã de ontem contra a gripe A. Da faixa de 20 a 29 anos, 337.857 pessoas foram vacinadas, o que representa 99,3% do que era esperado.

No caso dos bebês de seis meses a dois anos, trabalhadores de saúde, e doentes crônicos, todas as metas de vacinação foram batidas e, em alguns casos, superadas, portanto as doses para estas pessoas encerram hoje e não haverá prorrogação.

A Secretaria Municipal de Saúde irá aguardar o resultado de hoje, que também é o último dia de vacinação contra a gripe sazonal, para verificar se será necessária a continuação desta campanha. Em Curitiba, 128.865 idosos foram vacinados contra a gripe sazonal, o que corresponde a 67,21% do que era previsto.

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