Quem precisar de uma vaga nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatais do município de Londrina, norte do Estado, pode ter uma surpresa desagradável. Os dois maiores hospitais da cidade, Evangélico e Universitário, enfrentam problemas de superlotação e infecção por bactérias, respectivamente. Ainda no caso do Hospital Evangélico, há o agravante de que o local está em obras para ampliar a UTI.
De acordo com a gestora operacional do Hospital Evangélico, Alda Hayashi, os funcionários tiveram que improvisar um espaço na UTI para poder ampliar o atendimento. “Temos 12 vagas na UTI neonatal, mas, por causa das obras, fomos obrigados a reduzir para sete.
Por causa da demanda, pegamos um quarto ao lado para criar mais duas vagas. Esse espaço fica em meio às obras e já estamos com toda a UTI neonatal ocupada. Felizmente, o movimento agora é tranquilo e estamos trabalhando junto à Secretaria Municipal de Saúde para reorganizar o fluxo”, revela a gestora.
A superlotação é ainda pior na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). Em um espaço com capacidade para acomodar dez bebês estão internados 15. “Ficamos preocupados porque em situações assim sempre há o risco de ter uma infecção e se espalhar. Apesar de todos esses contratempos, estamos atendendo a todos”, garante. Na próxima segunda-feira, haverá uma reunião com o promotor dos Direitos à Saúde da cidade, Paulo Tavares, para tentar uma solução para o problema.
Já o secretário municipal de Saúde, Aparecido José Andrade, nega que haja superlotação na UTI neonatal do Hospital Evangélico. Segundo o secretário, o que ocorreu foi um mal-entendido.
“Não existe superlotação. Apenas pedimos para que não excedessem o número de vagas e houve o caso de uma gestante ter sido transferida para um outro hospital. A UTI neonatal do Evangélico está com seis vagas ocupadas em sete disponíveis e o UCI está com todos os leitos ocupados, mas sem exceder. O único porém, mesmo, é com o Hospital Universitário, que ainda não foi resolvido”, afirma.
A assessoria de comunicação do Hospital Universitário confirma que o local enfrentou um problema com infecção por bactérias. O hospital, no entanto, garante que o caso já foi resolvido.