Quem precisar ser internado em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Londrina, vai precisar muito mais do que paciência e sorte.
Desde que o município rompeu o contrato, em novembro passado, com uma empresa terceirizada que contrata médicos e controle de leitos – que ficam distribuídos pela Santa Casa, Hospital Evangélico e Hospital Universitário -a situação está delicada, com fila de espera.
De acordo com a coordenadora Teresinha de Fátima Sanchez, da Central de Leitos Macrorregional que atende, além de Londrina, Jacarezinho, Cornélio Procópio, Apucarana e Ivaiporã, o município tem gestão plena da regulamentação de leitos. “Não podemos fiscalizar e impor nossa vontade sobre a gestão municipal”, afirma.
Sanchez conta que o problema está restrito às UTIs e cirurgias complexas. “Para níveis secundários, foram disponibilizados mais 100 leitos. Porém há essa questão para casos mais delicados”, explica.
Segundo ela, a Central de Leitos está com uma demanda de 90 cidades da macrorregião e também de Londrina. Mais de 70 pacientes estão na fila de espera por uma vaga.
“A situação é bem delicada, até porque o Hospital Universitário nos informou para não mandar pacientes para cirurgias, clínica médica e ortopedia porque estão passando por um problema com a bactéria KPC”, alerta, lembrando que a bactéria resistente a antibióticos causou o fechamento do pronto-socorro do hospital, em julho do ano passado.
Segundo a coordenadora, é preciso que a Secretaria Municipal de Saúde passe as informações necessárias para a Central de Leitos. “É preciso que haja fiscalização por parte da cidade. Assim, eles poderiam nos repassar as informações necessárias e, com isso, diminuir a fila de espera. Uma pessoa que está em uma situação de risco de morte não pode esperar abrir uma vaga para receber o atendimento necessário”, avalia.