Depois de passar três dias interditadas, as duas unidades terapia intensiva (UTIs) da Santa Casa de Londrina, na região norte do Estado, estão liberadas. Após a realização de exames, foi constatada que a bactéria Enterobacter kpc, que infectou um paciente de 66 anos na semana passada, não oferece risco à população.
Trata-se de outra classe da bactéria Klebisiella spp, responsável pela interdição do Hospital Universitário (HU) por 12 dias no final do mês de abril e principal suspeita até a divulgação do exame.
De acordo com o infectologista da Santa Casa, Marcos Tanita, o resultado do exame feito na sexta-feira indicou a ausência da bactéria Klebisiella spp. “Tivemos receio por que a bactéria Enterobacter kpc também é resistente aos antibióticos, assim como a spp. Por isso, acionamos sistemas de contenção para que a bactéria não se espalhasse pelo hospital. Agora que sabemos o resultado ficamos tranquilos”, explica.
O especialista afirma que essa é uma bactéria presente no organismo de qualquer pessoa, mas quando submetida aos antibióticos, cria certa resistência. “Ela vive no intestino e, com o passar do tempo, fica imune aos antibióticos. Até aí tudo bem, mas quando o paciente que abriga essa bactéria é submetido a qualquer intervenção cirúrgica, pode disseminar a bactéria. Era o caso do paciente, ele utilizava um marcapasso”, conta. Para garantir que o hospital não sofra novos ataques, Tanita conta que hoje a UTI do hospital passará por uma grande lavagem.