Foto: Lucimar do Carmo |
Francisco: ?Atendemos pacientes da macrorregião de Londrina?. continua após a publicidade |
Ainda não existe previsão para liberação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do Hospital Universitário (HU) de Londrina, no norte do Estado. A unidade foi interditada há um mês devido ao surgimento de uma bactéria multiresistente, que foi favorecida pela superlotação do local. A UTI, que tem capacidade para sete crianças, estava com doze crianças, o que aumentou o risco da proliferação da bactéria.
Esse problema, garante o superintendente do HU, Francisco Eugênio Alves de Souza, não é novo. ?Já aconteceu mais vezes, sempre devido à superlotação, pois se diminui a distância entre as incubadoras e aumenta a sobrecarga de trabalho dos funcionários?, comentou.
Segundo ele, o total de leitos neonatal em Londrina é suficiente para atender a cidade -são cerca de 20 leitos distribuídos nos hospitais universitário, Santa Casa e Evangélico. ?O problema é que nós atendemos pacientes de toda a macrorregião de Londrina?, afirmou Souza. Hoje, seis crianças ainda continuam internadas na UTI neonatal do HU, e outras quatro estão na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). O superintendente explicou que, como o hospital não tem berçário, a UCI serve para o atendimento de pacientes em estado não tão grave ou para os que já deixaram a UTI.
Souza afirmou que, desde o aparecimento da bactéria, nenhuma nova criança foi internada na UTI, que só poderá ser totalmente descontaminada quando os seis pacientes tiverem alta. ?Por isso é que não existe previsão, pois vai depender da evolução desses pacientes?, falou.
O superintendente do HU adiantou que o hospital deve dobrar a capacidade de leitos da UTI neonatal. Para isso, já teve aprovada uma verba do Ministério da Saúde para a construção física e aquisição de equipamentos, cujo projeto soma R$ 1,9 milhão, dos quais, 10% serão de recursos próprios do hospital. No entanto, ainda não existe previsão da liberação desse dinheiro.