UTFPR faz álcool de fécula de mandioca

Produzir álcool a partir de resíduos eliminados durante o processamento da fécula de mandioca. Este é o objetivo de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida por estudantes do oitavo período do curso superior de Tecnologia em Processamento de Alimentos Vegetais, oferecido no campus de Campo Mourão da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná).

Segundo um dos responsáveis pelo trabalho, João Darques de Andrade, a pesquisa vem sendo desenvolvida há cerca de um ano, baseada na observação feita por estudantes de que os resíduos da produção da fécula são muito grandes e acabam, em grande parte, sendo lançados de forma indiscriminada no meio ambiente.

?Para cada mil quilos de mandioca processada, são produzidos cerca de oitocentos quilos de resíduos. Muito é doado a agricultores, servindo como suplemento de ração animal. Porém, uma grande parte não é aproveitada e acaba sendo lançada no meio ambiente, podendo gerar alterações do pH da água e produzir microorganismos que afetam a fauna?, comenta.

João explica que os resíduos ainda contêm entre 2% e 8% de fécula. A produção do álcool consiste basicamente no controle do pH dos resíduos. Em seguida, é feita a adição de enzimas, que vão favorecer a quebra dos carboidratos contidos na fécula, que, por sua vez, servem de alimento à levedura. O volume de álcool produzido depende da percentagem de carboidratos presente nos resíduos.

?O álcool feito a partir dos resíduos da produção de fécula de mandioca pode ser aproveitado como combustível e também nas indústrias farmacêutica e de cosméticos, dependendo de seu teor alcoólico?, comenta o estudante. Todas as pesquisas estão sendo realizadas com a utilização de equipamentos da própria UTFPR de Campo Mourão.

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