A acessibilidade para pessoas com necessidades especiais é um dos grandes problemas que engenheiros tentam resolver nas mais diversas edificações. Na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) já há uma plataforma para elevar alunos à mesa de trabalho, além de diversos elevadores adaptados para estudantes que utilizam cadeiras de rodas e muletas.
A plataforma, que inicialmente foi criada para atender a um aluno do curso de Química há cerca de sete anos, foi idealizada pelo técnico em fabricação mecânica do local, Darci Gonçalves. ?Foi um desafio. Todo o material utilizado é de ferro velho reciclado e o mecanismo de elevação é o mesmo utilizado em portões de garagem?, explicou o técnico. A plataforma sobe cerca de 66 centímetros e pode ser levada para qualquer sala da instituição. O aparelho custou R$ 4 mil. Segundo Gonçalves, outra plataforma semelhante está sendo construída, mas deverá elevar o cadeirante a até 80 centímetros. As adaptações também foram feitas para que a UTFPR obtivesse reconhecimento pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC).
No momento não há cadeirantes na UTFPR. Porém, há dois elevadores para pessoas portadoras de necessidades especiais na instituição – um no campus Curitiba e outro em Campo Mourão. Ambos custaram R$ 30 mil. Há também no campus Curitiba três plataformas que sobem até quatro metros, controladas por controle remoto. Outras duas, que darão acesso à secretaria e à biblioteca, serão construídas em breve. Cada uma das plataformas custou R$ 7 mil. Tudo foi feito com o apoio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, que liberou cerca de R$ 40 mil para o desenvolvimento das tecnologias. Cerca de 90 portas tiveram de ser adaptadas no campus porque não eram suficientemente largas. Rampas e bebedouros adaptados também foram feitos no local.
