Depender do transporte coletivo muitas vezes não é fácil. Não bastassem a comum falta de assentos para todos, o empurra-empurra dentro dos ônibus e eventuais atrasos, os usuários sofrem também com a falta de infra-estrutura de alguns terminais. Em municípios da Região Metropolitana de Curitiba, como Fazenda Rio Grande e Colombo, as reclamações são constantes.
No de Fazenda Rio Grande, a doméstica Elite Holler se queixa da sujeira. Ela conta que o piso do local está sujo e raramente é lavado. “Não é difícil fazer com que a aparência do terminal fique melhor: basta lavar o piso e, de vez em quando, encerar”, sugere. “Assim, os passageiros não teriam a sensação desagradável de estarem em um lugar sujo.”
O aposentado João Pereira Sobrinho é da mesma opinião. Ele reclama que, todos os dias, depara com cães de rua vagando pelos corredores do terminal, o que incomoda e também contribui para que o lugar tenha um aspecto de desleixo. “A falta de higiene demonstra um desrespeito com a população de Fazenda Rio Grande, que merece coisa bem melhor.”
O medo de assaltos faz parte do dia-a-dia da promotora de vendas Regiane Bernardes. Há algum tempo, seu noivo teve a carteira, contendo documentos e dinheiro, arrancada por um adolescente de rua. “Tenho medo que o mesmo possa acontecer comigo”, diz. “Agora, ando com a bolsa grudada no corpo e sempre bastante atenta.”
Colombo
Em Colombo, a falta de infra-estrutura do terminal do Alto Maracanã é a principal queixa do vigilante Jorge Luiz de Moura. Ele afirma que o local não comporta mais a grande quantidade de usuários. Para ele, o terminal é pequeno, tem só um tubo de ligeirinho, está com os muros pichados e pouco espaço até para que os ônibus possam estacionar com tranqüilidade. “Deveria ser ampliado para poder comportar com dignidade todos os que circulam por ele.”
Falta de limpeza e insegurança também é a queixa da dona-de-casa Maria de Fátima Silva. Ela diz que o terminal de Colombo vive sujo e sempre sujeito a assaltos.
Prefeitura
A assessoria de imprensa da prefeitura de Colombo informou que o órgão tem conhecimento dos problemas do terminal do Alto Maracanã e que há oito anos tenta fazer uma parceria com a Urbs para reformar o local. Quanto à limpeza e à segurança, dizem que as questões só poderão ser realmente solucionadas depois que o terminal for ampliado. “Atualmente, o terminal só tem capacidade para comportar 30% das pessoas que circulam por ele diariamente”, admite.
Em Fazenda Rio Grande, segundo o prefeito Antônio Wandscheer, um novo terminal deve começar a ser construído ainda este ano. Ele revela que a verba para a obra já consta no orçamento do Estado.