Usuário paga esgoto e Sanepar não faz serviço

Moradores da Rua Joana Z. , no bairro São Brás, em Curitiba, reclamam que estão pagando a rede coletora de esgoto sem que os dejetos estejam sendo tratados. Além disso, eles estão sendo despejados direto em um córrego que passa pelo local. Antes passavam pelas fossas sépticas das casas e por um filtro, chegando de uma forma mais limpa ao rio.

A moradora Marisa Grick Canu conta que sua conta de água subiu de R$ 15 para R$ 39 com o pagamento do esgoto. “Vou ter que pagar por um serviço que não está sendo feito. Agora, eles estão sujando mais do que nós”, reclama. Marisa mora há dois anos no bairro e gastou cerca de R$ 500 para instalar a fossa. Reclama que não foi informada que a rede iria passar pelo local. Se fosse informada com antecedência, teria preparado o encanamento da casa para não ter tantos gastos.

Nilde Teixeira Castilho já paga a tarifa há três meses. “Por que eu estou pagando e tem gente que ainda não começou?”, questiona. A conta dela subiu de R$ 22 para R$ 59. Ela diz que tentou se informar em um posto da Sanepar na Rua da Cidadania da região, mas não obteve resposta.

Atrasado

De acordo com o coordenador de obras da Sanepar, José Roberto Zen, a situação ocorreu porque as obras atrasaram. Ele explica que as obras começaram no ano passado e eram para ter terminado há sessenta dias. O projeto original, porém, não previa que os encanamentos precisariam atravessar o córrego para levar o esgoto até uma estação elevatória, que encaminha os dejetos para as estações de tratamento. Mas em uma semana o problema estará solucionado. José Roberto afirma que, com o problema, 20% das ligações na rede de tratamento foram afetadas. Agora que o outro projeto está pronto, o encanamento será feito por baixo do rio, atingindo o número que ainda falta.

Já o problema da cobrança indevida se originou porque não estava previsto um prolongamento do tempo das obras. Assim, na data pré-determinada, foi lançada a cobrança para toda a rede, incluindo o local onde elas não haviam acabado. Mas Roberto explica que parte da tarifa está correta, já que se refere à coleta e a outra é sobre o tratamento. A rede coletora do Passaúna tem mil quilômetros de extensão e 50 mil ligações.

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