O projeto de extensão Solo na Escola, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), vem chamando a atenção pelos resultados na multiplicação do conhecimento. Desde 2002 cinco mil visitantes passaram por lá e aprenderam tudo sobre o solo, desde a sua origem até a importância de preservá-lo. Este ano, a idéia foi levada para a Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP), uma das mais importantes do País, onde uma unidade similar foi inaugurada no mês passado.

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O professor e coordenador do projeto, Valmiqui Costa Lima, diz que a idéia nasceu porque a preservação do solo não tem o mesmo espaço na mídia e nas conversas entre as pessoas como tem o ar e a água. No entanto, ele diz que, dependendo do grau da degradação do solo, pode demorar entre 20 e 25 mil anos para que ocorra a sua regeneração. ?O solo demora para nascer, não se reproduz e morre facilmente?, é a frase elaborada por ele e que serve de alerta para os alunos que visitam a universidade.

Desde 2002, cinco mil alunos da 4.ª série do ensino fundamental já visitaram a universidade. Durante uma hora e meia aprendem como o solo é formado, a sua importância e como conservá-lo. Tudo através de aulas práticas que envolvem a realização de experiências. ?A idéia é a da interatividade. As crianças são incentivadas a perguntar e a encontrar conosco as respostas. Por que o solo é úmido? O que aquela raiz faz ali? Por que um solo é diferente do outro??, exemplifica.

Segundo o professor Valmiqui, a erosão é um dos maiores problema enfrentados hoje em dia. No laboratório, os alunos percebem na prática o que acontece quando a água da chuva cai em um solo sem proteção. A experiência chama atenção pela simplicidade. Uma torneira, uma garrafa plástica com terra sem vegetação e outra protegida com plantas. Segundo o professor, o uso de material reciclável é proposital porque fica mais fácil para alunos e professores repetirem o procedimento em casa ou na escola.

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O projeto desenvolvido pela universidade conta com a participação de 11 professores e 16 alunos bolsistas. Este ano as visitas já foram encerradas, mas para 2007 as escolas interessadas podem marcar um horário através no telefone (41) 3350-5649.