Perigo

Uso incorreto de aquecedores pode ser fatal

Nos dias mais frios, é comum acabar recorrendo a diferentes tipos de aquecedores para deixar o ambiente mais confortável. Mas é necessário tomar cuidado. Os principais aquecedores a gás do mercado são perigosos e alguns deixam vazar monóxido de carbono – o que pode ser fatal – caso o ambiente não tenha ventilação eficiente.

Segundo dados do Corpo de Bombeiros, 31 pessoas morreram em Curitiba nos últimos oito anos por inalarem o gás. O monóxido de carbono não tem cheiro e nem cor, o que torna mais difícil perceber o vazamento. A intoxicação causa desmaio e a morte pode acontecer repentinamente.

Os aquecedores à gás, incluindo os à base de água, são os mais perigosos para a saúde. “Este tipo de aquecedor consome oxigênio e é necessário pouco tempo de uso ou de uma fonte externa que renove o ar. Caso contrário, pode ocorrer intoxicação por monóxido de carbono, com risco de lesão cerebral ou morte”, alerta o Dr. Aluisio de Melo Jr., neurologista do Hospital Nossa Senhora das Graças.

De acordo com o especialista, os aquecedores à óleo são os mais indicados. Com este tipo de equipamento não acontece a queima de oxigênio.

Entretanto, mesmo com a utilização criteriosa, os aquecedores à gás precisam de revisões constantes para evitar falhas que podem ser perigosas. Dez dos aquecedores avaliados pela PRO TESTE (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) acumulam mais monóxido de carbono do que o permitido no ambiente ou em suas chaminés.

Além da concentração de monóxido de carbono além do permitido, pode haver alta temperatura no corpo do equipamento, podendo provocar queimaduras. O estudo revela que apenas um produto de cada segmento não foi eliminado por problemas de segurança. Foram avaliados 12 modelos: 6 na versão gás natural (GN) e 6 que utilizam gás liquefeito de petróleo (GLP).

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