O presidente da Urbs, Urbanização de Curitiba S/A, Marcos Isfer, levou ao procurador-geral da Justiça no Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, novas sugestões para evitar o vandalismo no transporte em dias de futebol. São medidas que se somarão às propostas em discussão entre o Ministro Público, torcidas organizadas e policiamento militar da capital.

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Entre as sugestões da Urbs estão cadastramento de quem for flagrado em atos de vandalismo ou arruaças; proibição da entrada destas pessoas nos estádios; mecanismos de prisão temporária, como acontece em dias de eleição com pessoas flagrado fazendo boca de urna; responsabilização dos vândalos e pais, no caso de menores de idade, judicialmente, com exigência legal de ressarcimento dos prejuízos causados e prestação de serviços comunitários.

Marcos Isfer aposta no resultado positivo de ações de fiscalização baseadas na repressão à prática de boca de urna em dias de eleições. “Quem é flagrado, perde o direito ao voto, fica longe das urnas até o fim da eleição e, dependendo da atitude, da gravidade ou da reincidência, sofre outras penalidades previstas em lei, o que poderia acontecer também com quem faz arruaça e vandalismo”, disse.

Ele considera ser possível contar com um espaço seguro de confinamento temporário como é feito em dias de eleição, para onde quem seja flagrado praticando vandalismo ou incitando arruaça possa ser levado pelos policiais. “Tudo de acordo com a lei, acompanhado por promotores, contando com a participação de juízes, enfim como é feito nas eleições”, afirmou.

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A penalidade, segundo Isfer, ficaria a cargo da lei e da justiça, mas pode ser possível montar até mesmo uma programação de reeducação e conscientização com palestras e vídeos no período de confinamento. A medida também permitiria o cadastramento dessas pessoas que seriam identificadas na entrada dos estádios, sofrendo penalidades bem mais severas em casos de reincidência.

“A gravidade de cada caso é algo que cabe à Justiça avaliar. Mas é preciso que façamos alguma coisa porque o que aconteceu neste domingo não poderá se repetir”, disse Isfer, destacando a reação de indignação dos usuários de transporte coletivo ao saber que 28 ônibus foram depredados em questão de horas depois do Atletiba de domingo passado.

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“A questão já não é de números, mas é de respeito à vida, à cidadania. O usuário de ônibus, as pessoas que estão nas ruas, os curitibanos em geral não podem mais conviver com o medo, com a ameaça de um pedra jogada pela janela ou de ser atropelado nas ruas”.