A Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) ampliou as negociações para evitar que ocorra qualquer indício de paralisação dos seus funcionários nos próximos dias. Ontem, durante mais uma rodada de negociações com o Sindicato dos Trabalhadores em Trânsito, Transporte e Urbanização de Curitiba (SindiUrbano), na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), representantes das duas partes apontaram para a possibilidade de firmar acordo em relação às reivindicações dos 1,7 mil trabalhadores.
O impasse, que dura duas semanas, pode terminar na sexta-feira, depois da nova assembléia geral dos trabalhadores, que vai definir uma posição sobre a contraproposta da empresa. De acordo com o SindiUrbano, a Urbs apresentou, além do reajuste de 5,6%, reajuste do vale-alimentação – de R$ 244 para R$ 250 -, reconhecimento da gratificação de quebra de caixa, e propôs ainda a formação de uma comissão para avaliar os adicionais de cada processo de dupla função. Ficaram de fora da contra-proposta as reivindicações sobre direito de defesa em caso de demissão, insalubridade, periculosidade e função penosa.
“Nossa meta está perto de ser atingida. Estamos avançando nas negociações sobre processo administrativo e um entendimento está próximo de acontecer”, revela Valdir Mestriner, presidente do SindiUrbano.
Caso contrário
Caso as propostas não sejam aceitas, a greve dos trabalhadores (agentes de trânsito, fiscais do transporte coletivo, funcionários administrativos, responsáveis pela administração da Rodoviária, engenharia de tráfego, manutenção e limpeza de equipamentos urbanos e estações-tubo) terá início na próxima terça-feira. No entanto, o diretor administrativo financeiro da Urbs, Ricardo Smijtink, espera que até o final de semana as negociações estejam concluídas. Ele também informou que até quinta-feira, a Urbs vai formalizar oficialmente na DRT a contraproposta, para que ela seja avaliada pelos funcionários na assembléia.