A partir de hoje, a empresa que gerencia o sistema de transporte coletivo em Curitiba (Urbs) não vai mais vender os vales-transporte de papel. Isso fez com que muita gente esperasse ontem até 30 minutos na fila para comprar os vales, que têm validade até o dia 31 de agosto. Após a data, o sistema de transporte só vai aceitar dinheiro ou créditos do cartão-transporte.
Para diminuir o tempo na fila, dez guichês estavam vendendo as passagens, enquanto que em dias normais apenas cinco funcionam. O gerente do projeto de bilhetagem eletrônica, Marcos Bezerra, calcula que este mês houve uma acréscimo de 30% nas vendas. Na fila estavam principalmente as empresas que ainda não solicitaram o cartão-transporte para os funcionários. Do total de 7 mil cadastradas, apenas 2,9 mil já se adequaram ao novo sistema. Agora, o restante vai ter um prazo de 30 dias para fazer o pedido do cartão. Caso contrário, após 31 de agosto, vão ter que pagar em moeda corrente os vales-transporte.
Os funcionários de empresas representam 80% dos usuários que pagam passagem. Bezerra afirma que um mês é tempo suficiente para atender a demanda; “Nós temos toda uma estrutura montada. Ela não está trabalhando nem com 50% da sua capacidade”. Para ele, a demora para se adequar ao novo sistema não reflete a desaprovação dos empresários pelas mudanças, mas reflexo do costume de deixar tudo para a última hora.
Recarga
Depois que a aquisição dos créditos é confirmada, os funcionários podem recarregar o cartão nos postos espalhados pela cidade. No total vão ser 300 pontos de recarga. Já existem alguns operando nos principais terminais de ônibus da cidade (Boqueirão, Carmo, Hauer, Cabral, Bairro Alto e Capão da Imbuia) e ruas da cidadania que têm postos da Urbs. Os usuários comuns que quiserem fazer o cartão devem ir até a Urbs portando um documento e comprovante de endereço. No início, eles terão que fazer a compras dos créditos na própria Urbs. Só mais tarde vão poder fazer a operação pela internet.