| Foto: Luiz Costa/SMCS |
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| O cartão de isento ajuda 35 mil usuários de ônibus na capital. continua após a publicidade |
A Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs) inicia nos próximos dias o trabalho de recadastramento dos portadores do cartão de isento no transporte coletivo, concedido a aposentados por invalidez (com renda até dois salários mínimos), deficientes físicos e mentais (renda até três salários mínimos) e doentes crônicos que fazem tratamento continuado em hospitais, clínicas e centros especializados (com renda até três salários mínimos). Maiores de 65 anos também estão isentos, mas não vão precisar fazer o recadastramento. O cartão, que libera o pagamento de passagem nos coletivos, beneficia 35 mil usuários e tinha validade indeterminada.
Os usuários serão informados por telefone, carta ou por meio de uma mensagem na catraca eletrônica, quando devem fazer o recadastramento. Posteriormente, a cada mês de aniversário, a pessoa terá que se apresentar às autoridades para operar a renovação. "Estamos seguindo a orientação do prefeito Beto Richa, de organizar um sistema de atendimento que não cause transtornos para nossos passageiros, mas que permita o controle rigoroso das isenções tarifárias", afirma Fernando Ghignone, diretor de Transporte da Urbs, empresa que gerencia a Rede Integrada de Transporte (RIT).
Fraude
Uma fraude que veio a público ontem forçou a empresa a antecipar a ação, que era prevista para os próximos meses. A Prefeitura de Curitiba abriu inquérito para investigar o caso de uma mulher que conseguiu o cartão sem passar por exame médico ou ter que provar que necessitava do cartão. Segundo ela, que alegava deficiência mental, uma colega de trabalho teria indicado uma clínica que trata de pessoas com distúrbios mentais, onde bastaria pagar para ter o cartão. Além da Clínica Afetiva, no inquérito também será ouvida a vendedora Isabel Ramos Gastaldi.
No processo de concessão de cartão de isento, a Urbs recebe um atestado de que a pessoa é portadora do problema, assinado pelo responsável da Unidade de Saúde – caso o bairro onde a pessoa vive tenha um profissional da área, ou pelo responsável pelas clínicas credenciadas ao sistema.
A fraude cometida pela mulher não é isolada. De janeiro a junho deste ano, cobradores e fiscais da Urbs apreenderam 419 cartões-transporte de isentos, que estavam sendo usados irregularmente. Na maioria dos casos, eram pessoas jovens que usavam o cartão de idosos.
A reportagem de O Estado tentou contato com representantes da Clínica Afetiva durante toda a tarde de ontem, mas não foi atendida.