A falta de funcionários no Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba já resultou no fechamento de 234 leitos nos últimos 10 anos. O hospital, que é referência em diversas áreas, perdeu 560 colaboradores durante a década. Para amenizar o problema da falta de funcionários para o atendimento, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Curitiba e o HC estão discutindo uma possível parceria para a criação de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que atenderia toda a região central da cidade, onde atualmente está o pronto atendimento do hospital.

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O diretor geral do HC, Flávio Daniel Saavedra Tomasich, enfatiza que esta é uma medida situacional e paliativa, mas que amenizaria o problema no atendimento. “Nós somos parceiros da Secretaria e esta medida tem um ganho real do ponto de vista de atendimento, pois conseguiríamos redirecionar de 70 a 100 colaboradores que atualmente trabalham no pronto atendimento para outras áreas do hospital que apresentam déficit”.

Já o superintendente de gestão de atenção à saúde da SMS, Alan Diori, disse que há uma intenção da Prefeitura em se construir uma UPA no centro da cidade e outra na região Sul e que esta cooperação técnica permitirá que a Secretaria faça a gestão da UPA dentro do HC.

“Ainda haverá uma discussão jurídica a respeito desta questão, mas caso o termo de cooperação técnica seja firmado, o objetivo é ampliar a área de atendimento do pronto socorro e, se tudo correr bem, até fevereiro de 2014 o projeto estará pronto”.

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Questionado a respeito de quem controlará a UPA, Diori disse que a gestão e o atendimento ficarão sob responsabilidades da Secretaria Municipal de Saúde, mas os residentes e médicos do Hospital de Clínicas poderão atuar no local. “O HC é um hospital escola e não pode jamais perder esta característica”, finaliza.