A Europa deve assumir uma posição de liderança mundial após o término do conflito no Iraque. A posição européia é necessária para restabelecer um equilíbrio mundial de forças. Esse é foi um dos principais pontos apresentados por Luiz Fernando Lopes, doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP), na palestra EUA x Iraque: A mídia e as novas relações internacionais, promovida pelas Faculdades Curitiba. O evento organizado pela coordenação do curso de Jornalismo também envolveu palestras de professores da instituição. Cerca de cinqüenta alunos assistiram aos debates.
Para Lopes, o interesse pelo petróleo é a única causa do conflito iraquiano. França, Alemanha, Rússia e China teriam inclusive adotado uma posição contrária à invasão por terem firmado acordos de exploração do petróleo iraquiano. O trabalho nas reservas do Iraque começariam assim que a ONU finalizasse o trabalho de inspeção no país.
“Uma posição única da União Européia poderia ser uma opção à dominação americana”, sugere. Segundo ele, é o velho continente que deve intermediar as questões palestinas terminado o conflito. “Não há como imaginar o Bush negociando com o Sharon (primeiro-ministro israelense) e com o Arafat (líder da Autoridade Nacional Palestina)”, argumenta.
Além de Lopes, participaram do evento o professor Sérgio Lacerda, mestre em integração da América Latina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Carlos Magno Vasconcelos, doutor em desenvolvimento econômico pela Universidade de Varsóvia, Polônia, e Roberto Filizola, mestre em Ciência, Geografia e Física pela USP.
Visão
Segundo o professor José Nascimento Júnior, coordenador do curso de Comunicação Social das Faculdades Curitiba, a discussão do conflito faz com que os alunos adquiram nova visão sobre o assunto, e tirem novas conclusões, diferentes do senso comum da maioria.