Uma pesquisa apresentada esta semana na Universidade Estadual de Maringá pode representar o enfraquecimento da incidência de dengue na população brasileira.
Durante o 8.º Encontro de Homeopatia, o diretor do Grupo de Estudos Homeopáticos de São Paulo Benoit Mure, Vagner Doja Barnabé, ressaltou os resultados de uma ação desenvolvida no interior daquele estado que pode ser estendida para outros municípios.
Os medicamentos, de caráter preventivo, foram usados em grande escala no município de Penápolis. Barnabé conta que foram medicados mais de 20% dos cerca de 54 mil habitantes da cidade.
Segundo ele, aproximadamente 12 mil pessoas receberam os medicamentos em apenas um dia de trabalho. “Conseguimos proteger 30% da população medicada, comparando com o restante das pessoas que não foram expostas aos medicamentos”, afirma.
De acordo com os pesquisadores, o uso dos medicamentos representa até 80% de eficiência na prevenção da dengue, com os outros 20% restantes dos casos apresentando sintomas bem mais leves.
Para Barnabé, o estudo mostra que a homeopatia pode ser eficiente para o tratamento de moléstias agudas e moléstias crônicas. Para ele, os medicamentos, no caso da dengue, funcionam quase que como uma vacina.
“Atualmente temos um arsenal terapêutico muito grande. Isso pode ser importante para populações de locais mais propícios a esse tipo de epidemia”, diz. Segundo Barnabé, a homeopatia pode auxiliar no controle de epidemias.
Para isso, afirma que a iniciativa deve partir de uma sensibilização local. “O município pode contribuir com uma estrutura logística, por exemplo. No entanto, é preciso que haja uma conscientização prévia da população para que se faça uma pressão nos órgãos públicos de saúde por uma ação de “imunização’”, pondera.