O Hospital Universitário (HU) da Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste) poderá ceder médicos especialistas para o atendimento a presos da Penitenciária Federal de Catanduvas. Essa possibilidade foi sugerida na última semana, durante reunião entre representantes da penitenciária e a direção do hospital.
Segundo o diretor-geral do HU, professor Alberto Rodrigues Pompeu, além de oferecer um conforto para o presídio, a medida poderia dar mais tranqüilidade para os profissionais e alunos da universidade que freqüentam o hospital.
Para o diretor, o trânsito dos detentos até o HU exige uma mobilização muito grande de homens e aparatos de segurança. ?São cerca de 15 homens, superarmados, que fazem a escolta do paciente. Os corredores ficam cheios de agentes e isso tem gerado um certo desconforto tanto para funcionários quanto para a população que atendemos?, comenta Pompeu.
Os representantes do presídio devem enviar uma proposta, que a direção do hospital vai avaliar. Contudo, Pompeu assegura que uma possível parceria não vai afetar no atendimento à população local. O diretor acredita que poderão ser indicados médicos de clínicas conveniadas com o hospital.
A assessoria de imprensa do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) informou que clínicos das secretarias de Saúde dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro estão sendo cedidos para fazer os atendimentos dentro da Penitenciária de Catanduvas. O órgão informou que essa medida é provisória e serve para manter o atendimento aos detentos até que o Ministério do Planejamento autorize concurso público para contratação de profissionais.