A eleição para a presidência da Unimed Curitiba, no primeiro trimestre de 2006, já conta com o seu primeiro candidato: o presidente do Instituto de Gestão e Saúde, Manoel Almeida Neto. Atualmente, a Unimed Curitiba administra um orçamento anual de aproximadamente R$ 660 milhões, valor que faz a cooperativa ter um orçamento maior que o da Prefeitura de Curitiba para a área de saúde no ano que vem, que será de R$ 515 milhões. "Para gerir um orçamento dessa magnitude, é preciso de competência e responsabilidade", afirma.
A fim de diminuir custos e melhorar a qualidade de atendimento, Almeida propõe a implantação de uma administração que elimine os processos burocráticos da instituição. "Hoje as pessoas precisam correr atrás de liberações de guias, submeter-se a perícias, o que gera uma insatisfação muito grande", afirma. Para Almeida, novos procedimentos automatizados podem gerar menor custo, maior satisfação e possibilitar maior rentabilidade do negócio. "Com isso, resultados financeiros melhores poderão ser redistribuídos para os médicos associados, aumentando honorários de consultas." Ele ressalta também a importância de a Unimed ter uma visão de responsabilidade com o cidadão de Curitiba, valorizando o cliente, dando ênfase à saúde e não impondo penalidades aos médicos que pedem grande quantidade de exames. "A relação entre médico e paciente é de altíssima confiança", diz.
Almeida foi superintendente da Unimed Curitiba por 13 anos, entre 1986 e 1999. Nesse período, diz ele, o número de clientes da cooperativa aumentou de 54 mil para 319 mil, tornando-se a maior operadora de planos de saúde do Estado e uma das maiores do Brasil. "Naquela época os médicos cooperados desfrutavam de um cenário mais positivo e recebiam consultas médicas à vista. O nosso grande desafio será o de recompor a estrutura da cooperativa e reconduzi-la ao efetivo papel de defesa econômica do trabalho de todos os cooperados", pontua.
