Funcionando há pouco mais de um ano na Cidade Industrial de Curitiba, a Unidade de Beneficiamento de Pet (Upet), administrada pelo Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC), já ajudou a dar um destino ambientalmente correto a aproximadamente 8,5 milhões de garrafas de refrigerante.
O IPCC adquire as garrafas recolhidas pelos coletores ligados às 15 unidades do projeto Ecocidadão e da Unidade de Valorização de Recicláveis (UVR), que ajudam a promover a coleta seletiva de Curitiba.
Ao chegar à Upet, as garrafas são separadas conforme a cor, têm os rótulos retirados e passam por um processo automatizado para virarem flakes (flocos de plástico PET), o produto final da usina e matéria-prima para a indústria automobilística, têxtil e alimentícia.
Em abril, a unidade quebrou o próprio recorde de produção de flakes: 37 toneladas, enquanto em 2012 a maior produção foi de 33 toneladas. Em média, a unidade recebe mensalmente 41 toneladas de garrafas.
“Comemoramos o resultado principalmente pela melhoria de vida que a Upet trouxe aos trabalhadores que vivem da coleta seletiva de lixo, pois ao agregar valor a este material, conseguimos garantir a formalidade destas pessoas que antes sofriam com os atravessadores”, afirma o coordenador da unidade, João Vítor Rosset Ciesielski.
A Upet foi uma das unidades ambientais do IPCC visitadas durante a semana passada por um grupo formado por cerca de 90 representantes de secretarias e órgãos do Município. “Nossa intenção foi permitir que os visitantes tivessem a exata noção do caminho que o lixo percorre quando deixa suas residências, mas principalmente ampliar a visão social e ambiental, formando propagadores dentro de Curitiba”, explicou o superintendente do IPCC, Gerson Guelmann.
Recicláveis
Além da Upet, o grupo conheceu a Unidade de Valorização de Recicláveis (UVR), localizada no município vizinho de Campo Magro. O local recebe mensalmente 800 toneladas de materiais recicláveis – 35% do que é coletado em Curitiba, através do programa Lixo que não é Lixo.
A presidente do IPCC, Francisca Cury, lembrou que o montante arrecadado nessas operações é integralmente revertido a projetos executados pela Fundação de Ação Social (FAS) e pelo Instituto, como a campanha Doe Calor, com a doação de cobertores e agasalhos. “Propusemos um novo olhar do que é o lixo na nossa cidade para resgatar a imagem da capital como referência ambiental. É importante sensibilizar as pessoas para correr atrás de soluções conjuntas”, ressaltou.