A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil lançou ontem, em Brasília, o livro Relatório de Desenvolvimento Juvenil 2003. Utilizando as bases de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, do Subsistema de Informações de Mortalidade, do Ministério da Saúde, e do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Básico, do Ministério da Educação, o estudo elabora um amplo e inédito panorama da situação da juventude no Paraná e nas outras 26 unidades federadas (UFs) do Brasil.
A partir desse panorama, o relatório propõe um indicador sintético das condições de vida da juventude denominado Índice de Desenvolvimento Juvenil (IDJ), que utiliza critérios semelhantes aos do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), adaptando-os de modo a contemplar questões específicas dos jovens. Dessa forma, o IDJ foi integrado pelas seguintes dimensões: educação (taxa de analfabetismo, de jovens que freqüentam o ensino médio em diante e qualidade do ensino); saúde (taxa de mortalidade por causas violentas e de mortalidade por causas internas) e renda, indicada pela renda familiar per capita dos jovens nos estados brasileiros. O Paraná ficou em quinto lugar entre as 27 unidades da federação pesquisadas. O Estado ficou no sexto lugar nas categorias educação e renda e em décimo em saúde.
O estudo atesta que a região tem a 12.ª maior taxa de mortalidade por causas violentas para os jovens entre 15 e 24 anos, na ordem de 69,92/ 100 mil. Entre outras revelações, a pesquisa indica que o número de jovens paranaenses que só estudam (23,6%) é menor do que os que só trabalham (35,9%). 20,1% dos jovens alegam não estudar nem trabalhar.