A greve dos auditores fiscais da Receita Federal, que completa três semanas nesta terça-feira (8), provocou no terminal de cargas e descargas do Porto de Paranaguá, no período, prejuízo de US$ 1 bilhão nas importações e exportações, segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco).
Ou a mercadoria não foi desembaraçada ainda ou houve demora devido falta de fiscais para efetuar o trabalho, explicou o presidente do Unafisco em Paranaguá, Rodrigo Sais, ao acrescentar que dos 49 servidores, 17 cumprem expediente hoje no porto.
Já o presidente do Unafisco em Foz do Iguaçu, Alfonso Burg, alertou que a situação pode se agravar na Tríplice Fronteira (Brasil-Paraguai-Argentina): "Se a greve dos agricultores argentinos for encerrada e as cargas forem liberadas para o Brasil, não teremos como atender. Hoje há 790 caminhões parados no pátio da Estação Aduaneira Interior da Receita e todos os dias distribuímos uma média de 150 senhas de atendimento.
Segundo Burg, diariamente os fiscais liberavam 500 cargas na aduana de Foz do Iguaçu, mas desde o início da greve o número caiu para 150 liberações.
Ele disse acreditar que cerca de 3.500 caminhões estejam parados nas imediações, contabilizando as fronteiras do Brasil, do Paraguai e da Argentina e transportadoras da região.