Atenção, homens!

Uma visita anual ao médico é essencial para manter a saúde

De acordo com o Ministério da Saúde, a cada três mortes de pessoas adultas no Brasil, duas são de homens. Além disso, eles vivem sete anos a menos do que elas. Os dados servem de alerta para a população masculina.

“Mesmo se tiver algum problema, o homem só costuma ir ao médico por insistência da esposa ou, no caso dos jovens, da mãe”, comenta o clínico geral Clovis Cechinel, integrante do corpo clínico do Laboratório Frischmann Aisengart.

De acordo com o médico, mesmo que não esteja sentindo nada, os homens precisam comparecer a pelo menos uma visita anual ao médico. “Existe uma polêmica quanto à frequência adequada para consultas preventivas do homem mas, de uma forma geral, uma visita por ano é adequada”, esclarece.

Na faixa dos 40 aos 49 anos o crescimento da próstata atinge 25% dos homens, porcentagem que vai a 80% naqueles com 70 a 79. O médico comenta que durante a consulta são avaliados diversos aspectos, como alterações urinárias, frequência miccional, urgência para urinar, incontinência urinária, disfunções sexuais: erétil ou de ejaculação, doenças associadas e cirurgias anteriores.

“Após 60 anos metade dos homens tem alterações miccionais secundárias ao aumento prostático, valor este que sobe para 90% após os 80 anos. Na consulta serão avaliadas a intensidade dos sintomas e a necessidade do uso de medicação”, completa.

Nos homens mais jovens, de 15 a 35 anos, é importante a orientação para o autoexame da bolsa escrotal, a fim de avaliar a presença de algum nódulo. “Uma vez achado o nódulo, é importante procurar um urologista para diferenciá-lo entre benigno ou maligno. O tratamento do câncer de testículo apresenta um alto índice de cura quando diagnóstico é feito numa fase inicial”, informa.

Câncer de próstata

Para prevenir o câncer de próstata o jeito é deixar o preconceito de lado e ir ao médico. “O toque retal pode ser considerado uma barreira para população masculina, é desconfortável, porém, ainda é de grande importância no rastreamento dos tumores prostáticos porque não existe atualmente nenhum aparelho que possa substituir a sensibilidade tátil do dedo que consegue diferenciar se o nódulo é suspeito ou não”, garante Cechinel.

A Sociedade Brasileira de Urologia orienta aos homens que comecem a realizar os exames de prevenção com o toque retal a partir dos 50 anos, caso não tenham nenhum antecedente familiar da doença. Para aqueles que têm um parente próximo com diagnóstico deste câncer, a idade indicada é de 45 anos.

Além do toque retal, é importante a realização do exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) – altos níveis de PSA no sangue podem indicar a presença de câncer de próstata – e do exame de urina, que vai mostrar a presença de qualquer infecção ou sangue, indicando a necessidade de aprofundar na investigação.

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