Um terço dos paranaenses tem algum tipo de doença crônica. A faixa da população mais afetada é a das mulheres dos 50 aos 64 anos. O número está um pouco acima da média nacional, que é de 31,3% da população, 59,5 milhões de pessoas que são doentes crônicos (ver quadro).
Os números foram divulgados ontem pela pesquisa Um Panorama da Saúde no Brasil, uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados tomam como base o ano de 2008.
Entre as doenças crônicas identificadas por um médico ou algum outro profissional de saúde que mais apareceram no relatório estão: hipertensão (14%) e doença de coluna ou costas (13,5%), com artrite ou reumatismo (5,7%), bronquite ou asma (5%), depressão (4,1%), doença de coração (4%) e diabetes (3,6%).
As regiões Sul (35,8%) e Sudeste (34,2%) são as que mais têm doentes crônicos, o que reflete a maior quantidade de pessoas idosas que vivem nesses locais, segundo os organizadores da pesquisa.
Outro ponto destacado pelo Ministério da Saúde é a frequência com que a população faz uma consulta ao dentista. Do total dos paranaenses, 20,4% não vão ao dentista há pelo menos três anos e 7,7% da população nunca foi ao dentista. Desses, 4,3% são crianças de zero a quatro anos.
Exercícios
Pela primeira vez, a pesquisa investigou as atividades físicas praticadas por pessoas de mais de 14 anos: 10,2% (14,9 milhões de brasileiros) foram considerados ativos no lazer, denominação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que leva em conta as pessoas que praticam uma determinada atividade em uma periodicidade e um tempo mínimo. “É diferente dos 40% dos brasileiros que dizem somente fazer algum tipo de atividade física”, explica a gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.
Um dado considerado preocupante é o que revela que 75,2 milhões de pessoas (42,9%) assistem televisão por mais de três horas por dia e que podem gerar uma demanda na saúde, de acordo com Maria Lúcia.
Da mesma forma, dos 29,6% que declararam usar computador e videogame, 28,8% faziam isso por pelo menos três horas diárias. Na faixa etária de 10 a 19 anos de idade, esse percentual sobe para 50%.