Professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em greve desde o dia 17 do mês passado, querem a suspensão do calendário acadêmico deste ano. A decisão foi tomada na tarde de ontem, em assembleia no Centro Politécnico. O pedido dos professores será encaminhado ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), que se reúne amanhã. Se a suspensão for acatada pela universidade, o calendário do primeiro semestre não poderá ser concluído.
“Essa decisão protege professores e estudantes. Com a suspensão, poderemos decidir ao final da greve pela reposição das aulas ou cancelamento do semestre. Também não serão lançadas as notas, impedindo a reprovação dos estudantes que não compareceram às aulas”, diz a professora Astrid Ávila, do comando local de greve.
Assim como a UFPR, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) também pode definir amanhã a suspensão do calendário, em reunião do Conselho Universitário.
A greve nas universidades federais já dura 40 dias. Em todo o país, 57 instituições aderiram à paralisação, que pede a reestruturação da carreira dos professores. No Paraná, além da UFPR e UTFPR, os docentes cruzaram os braços na Universidade da Integração Latino-Americana (Unila) e no Instituto Federal do Paraná. Até agora, não há negociação.