UEM estuda adoção de cotas em 2008

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) pode adotar a política de cotas sociais e raciais a partir do ano que vem. O assunto está sendo deliberado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP) da instituição, que se reuniu anteontem (2) para discutir o tema. A provável implantação ainda deve passar pela câmara interna de graduação do conselho, para a emissão de um relatório já na próxima quarta-feira (9). A universidade ainda não adianta, porém, como deve funcionar o sistema, se por número de vagas ou pontuação extra para os cotistas.

O vice-reitor da UEM, Mário Luiz Neves e Azevedo, explica que as cotas são pensadas desde 2004. ?É algo que está na pauta das políticas públicas do Brasil e dos movimentos sociais há muito tempo. Debatemos algo no sentido de atender a uma demanda histórica, sem nenhum prejuízo ao mérito acadêmico?, afirma.

Depois de emitido o relatório do CEP, representado pelos coordenadores de cursos, entra em cena o COU, Conselho da Universidade, que congrega membros representantes dos departamentos e dá a palavra final às alterações no regimento interno da instituição. ?O que dá para adiantar é que, de qualquer forma, não valerão para o próximo vestibular, que acontece em julho?, aponta.

Azevedo informa ser possível a adoção das cotas ainda no processo seletivo de janeiro de 2008, mas essa decisão também ficará a cargo do COU. ?A maior probabilidade mesmo é que fique para julho do ano que vem, uma vez que o vestibular do meio do ano já toma metade das vagas previstas para o ano seguinte.?

O vice-reitor comenta que cada universidade tem adotado mecanismos diferentes. ?Na Unicamp (Universidade de Campinas, em São Paulo) o vestibulando recebe pontuação maior no vestibular; outras universidades, como a UFPR (Federal do Paraná), reservam parte das vagas para esses alunos. Depois de aprovado o projeto é que vai se dizer qual será o mecanismo utilizado.?

Depois da deliberação final, a UEM deve se tornar a quarta instituição do Estado a adotar o modelo e terceira dentre as universidades estaduais. Além da UFPR, Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) já possuem cotas destinadas a negros e alunos provenientes de escolas públicas, no Paraná.

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