O Ministério da Educação (MEC) divulgou ontem as notas do Exame Nacional de Cursos de 2002, o conhecido Provão. No Paraná, a instituição com melhor desempenho foi a Universidade Estadual de Londrina -UEL – (13 notas A), seguida pela Universidade Federal do Paraná (12 notas A). A pior foi a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, de Jandaia do Sul. Dos 4 cursos avaliados, 3 tiraram nota E.
Neste ano foram avaliados 370 mil formandos de 5.031 cursos das áreas de Agronomia, Arquitetura e Urbanismo, Administração, Biologia, Ciências Contábeis, Direito, Economia, Enfermagem, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Farmácia, Física, História, Jornalismo, Letras, Matemática, Medicina, Medicina Veterinária, Odontologia, Pedagogia, Psicologia e Química. Nas instituições paranaenses, 51 cursos alcançaram a nota máxima e 23 a mínima. No Exame Nacional de Cursos são observados, além do desempenho dos formandos, a infra-estrutura dos centros de ensino e do corpo docente.
Os resultados do provão indicam que os cursos realizados em universidades e centos tecnológicos apresentam melhor desempenho. Mais de 30% dos 3.250 cursos avaliados receberam notas A ou B. Os dados revelam que nas faculdades e institutos superiores cerca de 40% dos 1.332 cursos observados obtiveram conceitos D ou E. Nos centros universitários, 22% ficaram com A ou B.
As instituições federais foram as que tiveram as melhores avaliações. Dos 884 cursos avaliados, 52% tiveram índices A ou B; 32%, C; 16%, D ou E. Nas universidades estaduais, o desempenho é mais equilibrado, já que 33% conseguiram conceitos A ou B; 32%, C; 35%, D ou E. Já as municipais foram as que tiveram pior resultado entre as instituições públicas. Somente 13% dos cursos ofertados alcançaram notas A ou B. Foram avaliados 3.016 cursos de universidades privadas. Somente 19% se posicionaram entre A ou B. A maioria, 48%, obteve nota C.
USP
No País, a Universidade de São Paulo (USP) é uma das instituições que obtiveram as melhores notas. Dos 43 cursos avaliados neste ano, 25 conseguiram conceito A. Onze cursos receberam nota E, mas a maioria teve baixo índice de respostas, o que aponta que alunos podem ter boicotado a prova. A Unicamp teve nota A em dez dos quinze cursos avaliados.
Segundo levantamento do MEC, os cursos que tiveram notas baixas em avaliações nos anos anteriores apresentaram um declínio nas inscrições para os seus vestibulares de cerca de 49%. Nos cursos com bom desempenho o aumento de candidatos foi de 6%.
Dos graduandos que fizeram o provão, 98,2% responderam as questões do exame. O índice é praticamente igual à 2001. Os cursos com maior boicote foram Jornalismo (16,2%), Física (10,5%) e História (8,6%). Houve casos como o da UEL em que os alunos de Jornalismo não fizeram a prova e tiraram nota E. Os menores índices de boicote foram encontrados nos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Odontologia (0,1% cada), Medicina Veterinária e Química (0,2% cada).
